Projeto sobre energia limpa desenvolvido por estudantes de Ibirité, é finalista na maior feira científica do país

Minas Gerais

20.02.2024

Estudantes da Escola Sandoval Soares de Azevedo, pertencente ao complexo da Fundação Helena Antipoff (FHA), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que é vinculada à Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), tornaram-se finalistas da maior feira de fomento à ciência do país, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A cerimônia de premiação do melhor projeto será realizada no dia 22 de março, em São Paulo. 

Os estudantes João Vitor Gomes e Artur Gomes, ambos de 17 anos, do terceiro ano do ensino médio da instituição e com orientação da professora de matemática, Lidiane Santos, desenvolveram o projeto “Eletrólise Caseira com H2O Descristalinizada: Hidrogênio e Amônia Verde” e vão representar a rede estadual pública de ensino na feira que conta com participantes de todas as regiões do país e rede de ensino.  

Por meio de um método chamado ‘eletrólise’, foi desenvolvido um protótipo que produz o hidrogênio verde, que gera energia limpa e renovável. A ideia do projeto nasceu de um estudo do jornalista e especialista em crise climática, David Foster Wallace, que afirma que cerca de 85% do gás carbônico e metano lançados na atmosfera vem da queima de combustíveis fósseis e do uso de energias poluentes. 

Para concorrer à Febrace, o projeto precisa seguir alguns critérios, como criatividade e inovação e propor uma resposta original à questão levantada, além de um método confiável. Além disso, também são analisados a metodologia científica, metodologia de engenharia, o planejamento de pesquisa, o diário de produção do projeto e demais análises relativas à divulgação.

 O projeto

Primeiramente os estudantes realizaram uma ampla pesquisa sobre o funcionamento do processo, depois iniciaram a redação e validação dos dados compilados. Em seguida, foi criado um protótipo que tem a finalidade de gerar energia elétrica por meio do hidrogênio para ser usada em ambientes domiciliares.

Para o estudante Artur Gomes, a participação na feira é uma experiência muito importante. “É um sentimento único de aprendizado, inovação e evolução, principalmente ver que nosso esforço está sendo reconhecido, todo o trabalho durante o ano inteiro sendo elogiado e recebendo incentivos. E nós já estamos super ansiosos para apresentar o nosso trabalho na Febrace”. 

João Vitor Gomes, também autor do projeto, conta como o reconhecimento é importante para incentivar ainda mais nos estudos. “A cada feedback nos ajuda a preparar o trabalho para diferentes questionamentos e circunstâncias, além do fato de que as experiências que eu e minha equipe temos, nos ter feito crescer muito como alunos e pesquisadores, pois temos sempre novos desafios e oportunidades de ganhar conhecimento em várias áreas diferentes”, diz.

 “Está sendo muito gratificante participar de projetos que trazem um crescimento e amadurecimento para os alunos, tornando-os assim bem preparados e qualificados não só para o mercado de trabalho, mas para quaisquer projetos que eles venham a participar na sua carreira profissional e pessoal”, avalia a professora Lidiane Santos, orientadora do projeto.

A equipe de robótica, da qual Artur e João fazem parte, também é composta por Ana Clara Oliveira; Anna Clara Gomes; Evelyn Kamille de Carvalho; Kennedy Melo, Thiago Costa e Vitória de Souza que, juntos, já estiveram presentes em outras feiras e diversas premiações. 

Sobre a Febrace

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é um movimento nacional de estímulo à cultura científica, à inovação e ao empreendedorismo na educação básica (fundamental, média e técnica), e seus principais objetivos são estimular novas vocações em Ciências e Engenharia, e induzir práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

O estímulo a novas vocações é realizado por meio do desenvolvimento de projetos criativos, inovadores e significativos para os estudantes que o executam e para a sociedade. Práticas pedagógicas inovadoras proporcionam situações e orientações para que eles concebem e desenvolvem projetos investigativos.

A Febrace propicia também a aproximação entre escolas e universidades e a interação espontânea entre estudantes, professores, profissionais e cientistas, criando espaços para a troca de experiências, de novas oportunidades e de ampliação das fronteiras do conhecimento. A cerimônia de premiação da Febrace 2024 será realizada no dia 22 de março.