Projeto destaca artes indígenas como forma de preservação da língua tupiniquim

Secretaria da Educação do ES

28.04.2021

Tornar público o pensamento Tupinikim sobre essa realidade, por meio da arte indígena e do incentivo à retomada da língua materna dos indígenas: esta é a principal contribuição do projeto “Língua Viva – Imagens em Movimento em Debate”, desenvolvido pela doutoranda em Antropologia Social Aline Moschen, em conjunto com a Bule Criativo, linguistas e artistas indígenas do tronco Tupi.

Selecionado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), o projeto consiste na construção de um acervo digital composto por artigos e obras fotográficas de artistas indígenas, disponibilizado no site www.linguaviva.org e na realização de um podcast no formato de um debate, reunindo a pesquisadora e as lideranças indígenas Jocelino Tupinikim, Urutau Guajajara e Tiago Matheus Tupinikim.

O lançamento do site foi realizado na última terça-feira (20). Nesta terça-feira (27), foi disponibilizado o podcast, e nesta sexta-feira (30) será a live de lançamento no YouTube, às 19 horas, com a participação da equipe do Projeto e de representantes da Secretaria da Cultura e da Secretaria da Educação (Sedu).

O objetivo é integrar as artes verbais e as artes visuais do povo Tupinikim aos temas da memória e do patrimônio imaterial dessa população, com ênfase na língua materna. As reflexões versam sobre as artes indígenas como estratégias de preservação da língua tupinikim e do enfrentamento aos estereótipos étnico-raciais presentes no cotidiano dessa população, que divide limites próximos com o meio urbano no município de Aracruz, no norte do Espírito Santo.

Nesta proposta, língua e imagem operam como códigos complementares sobre os quais artistas e intelectuais indígenas expõem o seu pensamento em diálogo com o próprio povo e com diferentes setores da sociedade.

O conteúdo do podcast será distribuído para as escolas da Rede Estadual de Ensino, nos municípios de Aracruz e Colatina, por meio de uma parceria com a Secretaria da Educação. “Direcionar parte da produção intelectual e artística dessas pessoas ao ensino público é uma forma de reconhecer narrativas teóricas e históricas concretas sobre um território dentro da história e do ensino tradicional”, afirma a pesquisadora Aline Moschen, que desenvolve pesquisas junto aos povos indígenas de Aracruz desde 2015 e, atualmente, faz o doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional, no Rio de Janeiro. 

Além da galeria virtual de acervo fotográfico produzido por artistas tupinikim, dentre os quais se destaca Beatriz Pêgo, e do podcast que será distribuído na Rede Estadual de Ensino, o site do projeto “Língua Viva — Imagens em Movimento em Debate” reúne conteúdo exclusivo criado por pensadores indígenas contemporâneos, com textos que abordam a arte indígena contemporânea e a linguagem Tupiniquim. “Entendo que artistas, pesquisadores e linguistas indígenas devem ser reconhecidos como agentes importantes não apenas às comunidades, mas à sociedade como um todo”, destaca a pesquisadora Aline Moschen.

O Projeto “Língua Viva – Imagens em Movimento em Debate” está em consonância com a aplicação das leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena na rede de escolas públicas e particulares, dos Ensinos Fundamental e Médio.

Projeto selecionado pela Lei Emergencial Aldir Blanc, por meio da Secretaria da Cultura (Secult).

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