Tocantins
21.02.2025Um projeto desenvolvido pelas professoras Elisangela Almeida Nascimento (Geografia), Juliana Gomide Duarte (Ciências) e Noêmia Alves Bottega (Educação Física), da Escola Estadual Fé e Alegria Paroquial Bernardo Sayão, de Gurupi, está entre os 30 projetos finalistas na 2ª edição do Prêmio Professor Porvir. A iniciativa denominada de Projeto escolar une Matemática, práticas de sustentabilidade e ação social.
Os projetos selecionados estão disponíveis na plataforma do Prêmio Professor Porvir para votação popular até o dia 28 de fevereiro, isto é, o público poderá escolher os seus projetos favoritos. O resultado dos vencedores será divulgado no próximo dia 10 de março. Os vencedores de cada categoria participarão do Encontro com o Porvir, em São Paulo.
O Prêmio Porvir tem a finalidade de valorizar e divulgar experiências inovadoras que estão sendo desenvolvidas nas escolas. Nesta 2ª edição, foram inscritos 900 projetos representando professores de todos os estados brasileiros.
Matemática e sustentabilidade
O projeto desenvolvido pelas professoras da rede estadual atende estudantes do 9º ano do ensino fundamental. Um dos primeiros passos foi fazer uma análise das áreas próximas à escola e entre os problemas identificados estava o acúmulo de lixo.
Na prática, a escola identificou o descarte irregular de latinhas e tampas de plásticos e passou a recolher e transformar esses produtos em oportunidades. “Nós propusemos o recolhimento das latinhas e tampinhas, primeiro, com o objetivo de estudar cientificamente as composições desses materiais e entender o quanto afetam a natureza quando não são descartados corretamente. E ao mesmo tempo, verificar as possibilidades de vendas desses produtos, que já seria atividades das aulas de educação financeira”, explicou a professora Juliana.
Resultados
A escola desenvolve o projeto desde 2023. Na ocasião, foram colhidos 184 quilos de latinhas, que foram vendidas numa empresa de reciclagem e com os recursos foi adquirido um aparelho de TV. Em 2024, foram colhidas 66 mil latinhas e com os recursos será possível adquirir uma mesa de ping pong para a escola. As tampinhas foram doadas para o Hospital de Amor.
“Em resumo, o projeto multidimensional não só superou os desafios identificados, mas também promoveu uma abordagem colaborativa e organizada, tudo sem valer nota, mais pela conscientização. E já estamos trabalhando em mais uma etapa do projeto, com a expansão das atividades de coleta, novos workshops e reforço das parcerias comunitárias”, contou a professora Noêmia.
E ter o projeto entre os 30 finalistas, experiências educacionais de êxito em diversos estados brasileiros, é motivo de muita alegria. “Estamos radiantes e gratos por estar entre os finalistas, um reconhecimento ao nosso esforço e dedicação. Ao longo do caminho, foi um desafio, mas também uma jornada de aprendizado constante. Sentimos uma mistura de entusiasmo e orgulho, especialmente por saber que nosso projeto foi escolhido entre quase mil inscritos, refletindo a qualidade e o impacto que conseguimos gerar. Este momento é um marco importante para nossa equipe, e nos motiva ainda mais a continuar buscando novas formas de transformar a educação e impactar positivamente as pessoas ao nosso redor”, comentou a professora Elisangela.
O estudante Lucas Gabriel Ferreira de Sena, 13 anos, do 8º ano do ensino fundamental, participou do projeto e disse que gostou muito. “Eu aprendi a observar mais o meio ambiente, a ter mais cuidado e ainda ajudamos as pessoas que estão com câncer”, frisou.
O aluno Diogo Menezes Targino, 13 anos, também do 8º ano do ensino fundamental, aprovou o projeto. “Aprendemos mais sobre a reciclagem e a ter uma nova visão sobre a sustentabilidade”, comentou.
Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins
Joselia de Lima/Governo do Tocantins