Tocantins
31.03.2025O projeto Batuque, desenvolvido pelo Colégio Estadual de Cristalândia, foi classificado em 1º lugar no Tocantins e obteve a 5ª colocação na região Norte, na Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-raciais, Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas. O resultado deixou a equipe da escola animada e motivada para realizar mais uma edição do projeto, em 2025.
A escola concorreu na modalidade ensino médio, e a responsável pelo projeto, a professora de História Elizabeth Aires Leite, comemorou essa conquista. E como resultado, a estudante Maria Helena de Matos foi beneficiada com bolsa de estudos.
Neste ano, 600 equipes participaram da olimpíada, sendo que cada equipe foi composta por 10 alunos e um professor coordenador. Do Colégio Estadual de Cristalândia participaram os estudantes Maria Helena de Matos, Sávio Caldas, Thyago Ribeiro, Aylla Dias, Keila Coutinho, Maria Paula Teles, Anna Karolliny Fagundes e Ana Flávia Guellen.
A professora Elizabeth explicou que a olimpíada foi realizada em cinco fases, sendo que as últimas três somaram as notas para as classificações das equipes em suas modalidades, ensino fundamental e médio. A terceira fase foi uma prova objetiva, a quarta correspondeu à produção de textos e elaboração de projetos, e a última fase, produção de vídeo. “Ficamos muito felizes com esse resultado, porque o nível da olimpíada é alto e as exigências são muitas. Eu destacou o esforço dos estudantes”, comentou.
“O grande desafio foi conciliar os estudos de rotina na escola com os trabalhos da olimpíada. Os estudantes não tiveram muito tempo para leituras e estudos demandados pela organização do evento, porém o fato de participaram do projeto Batuque e já terem conhecimentos consolidados sobre a temática favoreceram para que tivesse sucesso na realização das atividades. Na terceira fase, a nota foi 9,2, na quarta fase eles tiraram 8,5 e na última fase alcançaram a nota 10”, esclareceu a professora Elizabeth.
Olimpíada
A Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-raciais, Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas tem a finalidade de promover o debate e a reflexão sobre as questões étnico-raciais no Brasil, com base nas Leis 10.639/03 e 11.645/08. Outro objetivo é fortalecer a implementação das diretrizes curriculares, incentivar o interesse dos estudantes pela história e cultura dos povos originários e desmitificar mitos com relação ao sistema de cotas étnico-raciais.
O evento é uma iniciativa da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Inclusão (Secadi).
Prêmios
De acordo com o regulamento do certame, foram premiadas as 26 equipes que apresentaram os excelentes resultados. A equipe do Tocantins ficou na 18ª posição no ranking das escolas do ensino médio.
Como prêmios, os estudantes receberam certificados e medalhas, e a escola receberá o Selo de Escola Antirracista e foi concedida uma bolsa de estudos para um dos estudantes. “Concluir uma olimpíada de nível nacional e ficar entre as escolas campeãs é muito gratificante, porque conseguimos apresentar o trabalho que estamos desenvolvendo desde 2014, com ótimos resultados”, contou a professora.
O estudante Thiago da Silva Ribeiro falou de sua alegria em ser premiado. “Por meio do projeto, eu desenvolvi um conhecimento muito importante para a vida, como o respeito. Quem de fato abraça a causa e se dispõe ao aprendizado vai ter muita facilidade em tratar sobre pautas raciais. Desse modo, eu e minha equipe tivemos facilidade em realizar as atividades exigidas pela olimpíada. Conseguimos com criatividade alcançar um resultado vitorioso. Esperamos conseguir participar do Congresso de Pesquisadores Negros da Região Norte (Copene), que será realizado em Manaus”.
A estudante Maria Helena de Matos Lopes, que foi contemplada com a bolsa de estudos fala dessa conquista. “O projeto Batuque nos leva a um universo de conhecimentos sobre a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. E com isso, nos tornamos pessoas melhores, capazes de perceber e respeitar o outro com toda a sua singularidade. E por isso, tivemos vantagens e facilidades em realizar as atividades da olimpíada, porque eram temas que já estudamos em sala de aula. Foi uma experiência transformadora e especial para a equipe. Valeu o esforço e colhemos um ótimo resultado”, ressaltou.
Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins
Joselia de Lima/Governo do Tocantins