Professores Kalunga fazem curso de Instalação e manutenção de Placas Fotovoltaicas

Inovação

27.11.2019

Para contribuir com o programa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) Goiás Tec, que irá transmitir aulas em tempo real, via satélite, a partir de 2020, três professores de comunidades Kalunga participaram do curso do Senai Goiás Instalação e Manutenção de Placas Fotovoltaicas.

Os três professores mediadores, Celso da Silva Fernandes, Hélio Rodrigues dos Santos e Gerson Vieira da Silva, moram em Campos Belos. Além de terem sido capacitados a servirem suas comunidades locais, que funcionam com base em energia solar, eles estão aptos, a partir de agora, a treinarem outras pessoas para esse trabalho.

A necessidade de instalação desses equipamentos foi constatada em visita da equipe do Programa GoiásTec. “Chegando nas escolas, constatei que em cada escola há um professor mediador, sempre Calunga. Os professores mediadores são formados e trabalham com muita dedicação. Tive todo apoio da CRE de Campos Belos e do diretor das 18 escolas Calungas, Professor Jorge Arvei Wagner, que, mesmo diante de tantos desafios, desenvolvem um bom trabalho”, relatou o professor Ênio Fonsêca.

GoiásTec

O programa GoiásTec está em fase final de planejamento e deve ser implementado a partir de fevereiro do ano que vem. O objetivo do programa é atender unidades escolares que, muitas vezes, por alguma dificuldade encontrada, limita o acesso de seus alunos às aulas presenciais. As aulas serão ministradas em estúdio e transmitidas via satélite. Na sala de aula, haverá um professor mediador que fará a interação com os alunos e averiguará se o conteúdo foi bem compreendido.

“Nossa intenção é oferecer às comunidades mais remotas o acesso às melhores condições de ensino”, afirma a superintendente de Ensino Médio da Seduc, Osvany da Costa Gundim Cardoso. Segundo ela, a proposta é romper diversas fronteiras, como o isolamento, vulnerabilidade social, conhecimento, tecnologia, desenvolvimento local e desigualdade.

A previsão é atender, ainda no primeiro ano, 2.900 alunos em 115 escolas nas comunidades Kalungas, indígenas, rurais e em lugares com defasagem de professores habilitados em áreas específicas.