Mato Grosso
01.09.2020
Aula de educação física sempre foi sinônimo de esporte coletivo com jogos nas quadras poliesportivas das escolas, com atividades frenéticas e motivadoras – os alunos contam os minutos para a aula em que poderão fazer quase tudo na prática. Com a pandemia, a realidade é outra e os profissionais precisam se reinventar.
No Dia do Profissional de Educação Física, comemorado nesta terça-feira (01.09), a data serve para os profissionais refletirem sobre os desafios de trabalhar com os alunos em tempos de coronavírus.
Para o casal de professores Edemilson dos Santos e Viviani da Silva Martins, que lecionam na Escola Estadual Parecis, no município de Campo Novo do Parecis (a 396 quilômetros a Noroeste de Cuiabá) trabalhar nessa pandemia tem sido um desafio. O casal destaca que na educação física os professores estimulam o corpo em movimento e lidam diretamente com contato físico, e agora é preciso estimular com o mesmo entusiasmo de sempre, porém virtualmente.
“Estamos reaprendendo e estudando ainda mais para reinventar maneiras de ser uma aula prazerosa para ambas as partes”, explica Edemilson.
“Neste momento, por meio da plataforma Teams e outros meios de comunicação, estamos mais próximos virtualmente. Tenho desenvolvido as atividades teóricas durante as aulas com apostilas e vídeos ilustrados, propondo desafios para incentivar as práticas corporais que é de suma importância neste momento, mesmo estando dentro de casa” acrescenta Viviani.
A professora Noelle Thais de Matos, da EE Pedro Gardés, município de Várzea Grande, tem o mesmo entendimento dos colegas. Para a professora, as aulas não presenciais são desafiadoras não só para a educação física, mas para todas as disciplinas. “Para a educação física, as aulas remotas se tornam um desafio maior ainda, porque o nosso componente curricular é diferente dos outros”, salienta.
Para ela, neste momento de pandemia, a união dos professores de educação física é muito importante. “Temos um grupo de whatsapp com 200 professores e estamos criando outro grupo só para disponibilizar materiais. É um momento de união entre os profissionais porque está difícil. É algo complexo e atípico o que estamos vivendo nesse momento”, frisa.
Para Dimas da Silva Marques, da Coordenadoria de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Educação Infantil da Seduc, o maior desafio é não ter como
oferecer atividades coletivas nesse momento. “Os alunos precisam fazer atividades individuais, mas não especificamente sozinhos.
Em casa, podem fazer com irmãos ou outras pessoas que convivem juntos. Essa pode
ser uma forma de atividade coletiva e mais prazerosa”.