Intercâmbio
27.01.2020As educadoras Maria Lourdes Souza, professora há 14 anos da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, e Maria Izabel Monteiro, professora há 20 anos, sendo 17, dedicados à Escola Estadual Raimunda Virgolino, participaram ano passado do intercâmbio educativo nos Estados Unidos e trouxeram na bagagem importantes ensinamentos que já estão aplicando em suas aulas.
Segundo elas foi uma experiência que enriqueceu e inovou a forma de ensinar o idioma aos seus alunos. Uma metodologia que já vem sendo utilizada pelas professoras é o workshop de poesias.
”Nós acompanhamos toda produção que é feita por celular e as criações são compartilhadas entre eles. É uma dinâmica que aprendemos no curso e foi bem aceita pelos alunos, pois além da prática ainda vale pontuação”, relatou a professora Izabel.
Após a experiência nos EUA, ela reconheceu que sem as ferramentas corretas a dinâmica de lecionar e aprender se torna mais dificultosa.
“Existem metodologias diferentes para aprender, escutar, escrever e falar o inglês. E, após esse intercâmbio, estamos reformulando nossa didática para que seja melhor compreensível para nossos alunos, utilizando dos recursos que temos disponíveis”, afirmou a educadora.
O sonho de ser professora de inglês surgiu quando Maria Lourdes fez seu primeiro intercambio como estudante. Hoje, com várias experiências internacionais, ela diz que o mais gratificante é multiplicar o conhecimento com os colegas de profissão que almejam a mesma oportunidade, e, principalmente, motivar os alunos aos estudos. Segundo ela, muitos dos jovens já estão buscando seguir a mesma carreira, sonhando em ter a oportunidade que ela teve.
“O maior incentivo é o nosso testemunho. E a cada vez que multiplicamos o que aprendemos com nossos colegas, que partilhamos nossas vivências com nossos alunos, estamos mostrando que realizar esse sonho é possível através dos estudos, da busca incessante pelo conhecimento”, define Maria Lourdes.
Viagem internacional
As professoras de inglês estavam entre os sete educadores da rede estadual do Amapá, selecionados no Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos EUA (PDPI), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Comissão Fulbright.
Foram direcionadas à universidade Iowa State University, da cidade universitária de Ames, localizada no estado americano de Iowa, onde professores de outros estado brasileiros como Amazonas, Acre, Rio Grande do Sul, Sergipe, Alagoas e Tocantins também participavam, totalizando cerca de 30 profissionais. Mas falar em português lá não era permitido, já que precisavam treinar fluentemente o idioma.
“A minha primeira viagem internacional, foi a melhor experiência da minha vida. O mais válido foi a imersão com falantes nativos da língua inglesa”, avalia Izabel.
Animada por ter conhecido o sistema educacional dos EUA, a professora Lourdes disse que algumas práticas pedagógicas podem ser aprimoradas na educação aqui do Amapá, e fez sugestões.
“É primordial que os nossos professores se capacitem ainda mais para serem selecionados a embarcar em experiências como essas, que nos tornam pessoas e profissionais melhores”, conclui Lourdes.
Oportunidade
O Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa (PDPI), da Fulbright/Capes, abriu novas bolsas para professores de inglês nos EUA, com 18 vagas destinadas ao Amapá. As inscrições podem ser feitas até 14 de fevereiro pelo www.capes.gov.br, na aba editais.