Aula Mediada
05.06.2020A professora mestre em Ciências da Educação Darlinda Monteiro, que integra o corpo docente do Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), contou sobre sua experiência de aulas mediadas por tecnologia em uma live com a professora doutora Monique Angelo, do Grupo de Pesquisa em Ensino e Extensão em Química da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nesta quarta-feira (03/05). A amazonense falou sobre os desafios de levar o ensino a áreas remotas do estado e como a expertise do Cemeam foi importante neste período de pandemia.
Darlinda, que leciona Química, contou que hoje revê as aulas e pensa em pontos a serem melhorados, em linguagens e exemplos diferentes, mas isso veio com o passar dos anos, quando ganhou mais confiança em aparecer diante das câmeras. Ela se disse orgulhosa de participar de um programa que dá oportunidades para as pessoas estudarem e concluírem o ensino médio.
“Quando recebi o convite, nós atendíamos alunos do ensino médio em 340 comunidades. Agora, são 43 mil alunos do ensino fundamental, médio e de Jovens e Adultos (EJA). A gente chega a lugares muito distantes do Amazonas, locais que, antes do ensino mediado, os alunos precisavam sair de casa duas horas antes da aula, pegar barcos e outros meios de transporte e agora, eles podem estudar perto de casa, com professores preparados para ensiná-los”, reflete a profissional.
Durante o bate-papo, a professora reforçou que, devido aos 13 anos de experiência do Cemeam em aulas mediadas por tecnologia, o Amazonas foi o primeiro estado a oferecer o programa “Aula em Casa” como medida para que os alunos continuassem estudando mesmo com a suspensão de aulas presenciais. O programa, inclusive, foi cedido a outros estados, como São Paulo, Sergipe e Espírito Santo, por meio de parcerias da Secretaria de Estado de Educação e Desporto com as respectivas secretarias da área nesses locais.
“Agora com esse período de pandemia, nosso trabalho, nossas aulas foram transmitidas a todos os alunos. Acho que mostrou como é importante termos o planejamento, a revisão, a análise do plano de aula e a roteirização. É preciso estudar as tecnologias para saber como usá-las porque tudo isso vai melhorar a aula e o entendimento do aluno”, frisa Darlina.
Sobre a professora – Darlinda Monteiro é graduada em Licenciatura em Química, bacharel em Química pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e mestre em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Portugal.
Sobre o projeto - O QuiCiência é um programa do Grupo de Pesquisa em Ensino e Extensão em Química, do Instituto de Química e Biologia da Ufal. A professora e coordenadora do projeto, Monique Angelo, traz convidados para discutir a educação, os desafios e mudanças.
Fotos: Divulgação/Seduc