Professor do Centro de Excelência de Sergipe conquista terceiro lugar na Feira STEM Brasil

Sergipe

07.12.2021

Com um trabalho voltado para o estudo do aspecto socioemocional dos estudantes em face dos desafios impostos pela pandemia da covid-19, o professor de Biologia e Projeto de Vida, Marcos Antônio Goes Costa, do Centro de Excelência Cleonice Soares da Fonseca, em Boquim, conquistou o terceiro lugar na categoria Saúde da Feira Stem Brasil 2021. A iniciativa da Educando visa destacar e premiar projetos educacionais de aplicação prática nas áreas de Ciências Naturais e Matemática, promovendo assim o compartilhamento de boas práticas nas áreas STEM que envolvam as metodologias ativas. Foram 80 projetos classificados em 10 categorias, e estiveram envolvidas escolas de sete estados brasileiros, com participação de 117 professores e 291 alunos, totalizando 408 participantes. 

“Para mim é um orgulho e satisfação pessoal e profissional ter um projeto reconhecido nacionalmente e representar o Centro de Excelência Cleonice Soares da Fonseca. Gratidão a toda equipe diretiva nas pessoas de Sara Carolina, Nara Souza e Genalva Andrade; aos estudantes que responderam à pesquisa e aos alunos que estiveram diretamente envolvidos: Mariana da Trindade Souza Ribeiro, Laylla Kamilla Alves Mota, Guilherme Nascimento Rodrigues, Luiz Felipe da Silva Neves, Noelle Menezes Silva, Kalebe dos Santos Andrade e Mariana Oliveira de Jesus. Viva a Ciência”, comemorou o professor Marcos Goes, que desenvolveu o projeto “Eu como estudante na pandemia: Uma análise socioemocional”.

Ele explica que por meio da eletiva “Desvendando o Corpo Humano” teve a ideia de criar um questionário sobre a covid-19 e os impactos das aulas on-line no comportamento e na vida dos estudantes. “O mesmo foi disponibilizado no Google Classroom da disciplina obtendo um total de 130 respostas, todas com perguntas dissertativas. Entrei em contato com alguns alunos, e estes me auxiliaram na interpretação e categorização dos dados. Após análises das questões identifiquei que 50% dos alunos relataram ter conseguido aprender com as aulas remotas e online, o que caracteriza um número baixo em relação ao esperado para um ano letivo. Quando indagados sobre o que teriam feito de diferente durante esse período, caso fossem professores, houve ênfase em dar mais atenção ao psicológico dos alunos, e 80% responderam dessa forma.  Sobre o que fariam diferente, como alunos, 90% enfatizaram que buscariam ser mais participativos e interessados”.

“É de suma importância continuar desenvolvendo pesquisas nessa linha socioemocional de estudantes juntamente com eles, para assim obter informações que tragam à tona os efeitos da pandemia sobre o processo de ensino e aprendizagem, solidificando o conhecimento e buscando alternativas para resolver essa crise. É interessante dizer que essa pesquisa é inovadora, pois busquei informações no meio digital sobre o tema em questão e tive dificuldades em encontrar, concluindo, portanto, que essa pesquisa pode ser um marco norteador para novos estudos. Inclusive inserindo uma análise com o corpo docente. Vale ressaltar que esse projeto foi analisado e julgado por uma banca de pesquisadores do STEM Brasil, um programa de capacitação de alta qualidade com duração de dois anos para professores do ensino público”, finalizou Goes.

Conheça o projeto: https://bit.ly/3Dw23CK.