Palavras positivas dão vida a projeto escolar na Rede Estadual de Educação em Mineiros

Projeto

21.08.2020

A professora Marília de Souza Ramos, da Escola Estadual Arquilino Alves de Brito, em Mineiros, no Sudoeste de Goiás, está usando as palavras para desenvolver o espírito de equipe e solidariedade entre seus alunos – duas turmas do 7º Ano. Em 3 de agosto passado, a professora deu início ao Projeto ‘Desafios das palavras positivas’, onde ela trabalha o respeito contínuo, a valorização e a autoestima no ambiente escolar. “Buscamos uma transformação do aluno, que não apenas segue ordens e passa a executar as atividades de aprendizagem por ele mesmo, deixa de memorizar e repetir, mas, sim, descobre, integra e apresenta conteúdos, com a compreensão dos processos, passando da teoria à prática”, explica.

Marília gravou um vídeo para estimular os estudantes a participar do ‘Desafios das palavras positivas’. Ela utilizou um potinho para o desenvolvimento das palavras positivas, como “esperança, amizade, compaixão, união e bondade”. O vídeo foi enviado por meio digital para os alunos, que retribuíram o ato da professora. Eles gravaram seus vídeos com seus potinhos de palavras positivas, os quais foram distribuídos entre os estudantes.

Segundo a professora, com Regime de Aulas Não Presenciais (REANP), a utilização da tecnologia digital permite que o aluno tenha acesso à aprendizagem em qualquer hora e lugar, mas é a forma como o professor se comunica que vai fazer a diferença.

“Um bom projeto educacional muda a postura do professor diante do estudante, passamos a ser o mediador no processo de ensino-aprendizagem, deixando, assim, de ser apenas um transmissor de informações”, considera.

No ano de 2017, uma professora de Curitiba realizou uma experiência parecida com o projeto de Marília. Na capital do Estado do Paraná, a professora Ana Paula Frezatto Martins decidiu provar aos seus alunos os poderes positivo e negativo das palavras. Ela fez um experimento usando dois potes de arroz cozido.

Para o pote do ‘Amor’, os estudantes disseram palavras positivas. Já para o pote do ‘Ódio’, foram ditas palavras negativas. Os potes, então, ficaram fechados por dois meses. Ana Paula lembra que no pote do ‘Amor’, a fermentação do arroz foi natural, enquanto que no outro pote o arroz embolorou.

Para a professora, “é certo a correção de certas atitudes de nossas crianças, por exemplo, mas a forma como fazemos interfere em gigante proporção na vida delas. Com apenas uma palavra, é possível estimular e afagar uma pessoa, assim como pode magoá-la e prejudicá-la”.