Alagoas
04.06.2024Nesta terça-feira (04), mais de 337 mil estudantes alagoanos – dos quais 153.380 da rede estadual – participam da 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Uma das que fará a prova é Débora Victória Silva dos Santos, aluna da Escola Estadual Maria José Loureiro, em Maceió, medalhista de bronze da competição em 2023. A garota, por sinal, tem a matemática no DNA: seu irmão, João Victor, foi o primeiro aluno a rede estadual de Alagoas a conquistar duas medalhas de ouro na OBMEP e tem ainda um bronze no seu quadro, somando três medalhas, pela Escola Estadual Padre Cabral, também da capital.
“Meu irmão foi uma inspiração para mim. Quando se tem um músico na família, você quer tocar violão. Já quando se tem um medalhista da OBMEP, é natural que a gente queira o mesmo”, brinca Débora, que está no 8º ano. “Meus pais também foram muito importantes nesta conquista, pois sempre nos incentivaram bastante. E não posso esquecer dos meus professores e da minha escola. O fato de sermos uma escola de tempo integral é outro fato que faz com que a gente estude mais e se prepare melhor para provas como a OBMEP”, complementa.
O irmão João Victor não esconde o orgulho. “Senti-me muito realizado quando descobri a medalha da Débora. Ela sempre foi muito criativa e tinha muito interesse pela OBMEP. Minha principal dica para ela se preparar para a Olimpíada foi fazer provas de edições anteriores e videoaulas”, relata João, atualmente estudante do Colégio Farias Brito, em Fortaleza.
Escola e família
Os resultados alcançados por Débora e João Victor são consequência não só do talento natural que ambos possuem para a disciplina, mas da parceria entre escola e família para impulsionar e lapidar essa vocação.
Os pais de Débora e João, Andriesy Silva dos Santos e Carlos Henrique dos Santos, são grandes incentivadores do talento dos filhos e destacam a importância dos professores que os ensinaram, seja na Escola Estadual Maria José Loureiro seja na Escola Estadual Padre Cabra
“Educação é prioridade em nossa família. Dialogamos bastante, falamos da importância dos estudos na vida deles. E os frutos estão aí. Estamos muito felizes e somos gratos aos professores da rede estadual, que são muito bem preparados”, conta Andriesy. “João, que hoje estuda no Ceará, foi ouro em quase todas as olimpíadas que disputou. E Débora conseguiu sua primeira medalha ano passado. As conquistas de ambos hoje inspiram outros familiares. Temos muitos talentos aqui em Alagoas e os professores têm um papel muito importante de incentivar e impulsionar o potencial destes jovens”, avalia Carlos Henrique.
A diretora da Escola Estadual Maria José Loureiro, Damiana Melo, tem a mesma percepção. “A conquista da Débora é gratificante para toda a escola. E mostra que todo estudante bem sucedido possui o apoio de seus familiares, destacando-se não só nas notas, mas também no comportamento e comprometimento. Queremos que alunos como a Débora sejam uma inspiração para os demais, uma influência positiva.
É o que também pensa Erisvaldo Pedrosa, professor que descobriu e lapidou o talento de João Victor. “O incentivo que João e seus irmãos recebem, sempre foi um diferencial nos resultados que eles vêm alcançando enquanto estudantes. João, por exemplo, tem sede de conhecimento, é dedicado e sempre gostou de desafios”, observa.
Matheus Marinho, professor de Débora na Loureiro, diz que a OBMEP também traz benefícios aos professores. “A Olimpíada nos permite sair da abordagem tradicional de sala de aula, trabalhando com os alunos o raciocínio lógico e a metodologia de resolução de problemas”, aponta.
Ana Paula Lins /Ascom Seduc Fotos: Ana Paula Lins e Valdir Rocha / Ascom Seduc