O Tocantins tem 100% dos municípios participando da Olimpíada de Língua Portuguesa

Tocantins

29.05.2019

Josélia de Lima/Governo do Tocantins

O Tocantins foi um dos estados que teve uma adesão de 100% dos municípios na 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP). Estão participando do processo 1.752 professores de 679 escolas da rede municipal e estadual. No país, são 85.908 professores que estão participando da olimpíada, provenientes de 4.876 municípios brasileiros, e um total de 42.086 escolas participantes.

Os estados que tiveram 100% de municípios com adesão à olimpíada são: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

A coordenadora estadual da Olimpíada no Tocantins, Roseli Bitzcof de Moura, da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), contou que neste momento as escolas estão promovendo as oficinas e discussões conforme as categorias nas quais estão participando. “Para esta fase, os professores têm disponíveis cadernos virtuais por gênero, que orientam os estudos e oficinas, depois os alunos produzem os textos”, disse Roseli.

Essas oficinas poderão ser realizadas até o dia 9 de agosto, em seguida, acontecem as etapas de seleção dos textos: escolar, municipal, estadual, regional e nacional.

Experiências da DRE de Pedro Afonso

Na Diretoria Regional de Educação de Pedro Afonso, a assessora de Currículo, Formação e Avaliação, Mirléia Lima Machado, contou que promoveu uma formação com 46 professores de língua portuguesa, ocasião que apresentou o material da olimpíada. “A formação teve como principal objetivo mostrar aos professores a necessidade de instigar os discentes a produzirem textos a partir de suas próprias realidades”, afirmou.

Para manter uma interatividade entre os docentes, o professor Marcos André apresentou produções de sua própria autoria para falar dos gêneros crônica e artigo de opinião, estimulando os professores a usarem temas do cotidiano dos alunos na produção dos textos.

O jornalista Henrique Lopes abordou o gênero documentário usando celulares e falou de técnicas como enquadramento da luz e usos dos recursos audiovisuais para a captação de imagens, som e edição.

O professor Márcio Borges falou da experiência de ser um professor finalista na 5ª edição da OLP com o gênero memórias literárias. E Mirléia falou sobre o gênero poema.

Escola Indígena

A coordenadora Roseli Bitzcof explicou que, neste ano, está sendo a primeira vez que uma unidade escolar indígena participa da olimpíada, que é a Escola Estadual Indígena 19 de Abril, localizada na Aldeia Manoel Alves Pequeno, em Goiatins.

Na escola indígena, a proposta da olimpíada foi apresentada pelas professoras Deuzanira Lima Pinheiro e Elma Alves da Silva, que falaram sobre os gêneros literários. E para a melhor compressão dos alunos, a professora Tais Põchutô Krahô fez as explicações em Merĩ Jarkwa (língua mãe). Na ocasião, alunos leram textos finalistas em edições passadas da olimpíada e foram exibidos vídeos.

A aluna Mira Cupên Krahô, do 9º ano do ensino fundamental, falou sobre sua inscrição na olimpíada. “Estamos alegres em participar pela primeira vez da olimpíada e o tema O lugar onde vivo facilita a produção dos textos, porque sabemos o que escrever”, disse.

A escola indígena também recebeu a visita do ancião Getúlio Krahô, que compartilhou histórias e lendas indígenas para o gênero memórias literárias.