Reforma do Ensino Médio
04.04.2017O secretário de Educação da Paraíba, Aléssio Trindade, participou da reunião da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Na ocasião, foram discutidas as dificuldades para implementação da nova lei do Ensino Médio. Trindade é um dos coordenadores do GT do Ensino Médio do Consed e destacou que o Conselho de Secretários tem clareza sobre o seu protagonismo na construção do desenho de flexibilização proposto pela nova lei.
Para Trindade, outro ponto que merece importância é o valor social que deve ser agregado aos itinerários formativos de livre escolha dos estudantes. “Caso contrário, somente o conteúdo obrigatório das áreas comuns, como português e matemática, terão valor, principalmente se as avaliações e os rankings forem feitos apenas considerando estas áreas”, completou.
O secretário de Educação do estado de Santa Catarina e presidente do CNE, Eduardo Deschamps, ressaltou que os questionamentos sobre a reforma ainda são complexos “e se temos respostas simples para problemas complexos, algo está errado. Essas respostas quem vai construir é a gente, o CNE, o Mec, o Consed, entre outras entidades”, continuou.
Antônio Neto, diretor institucional do Consed também participou da reunião e falou sobre o tema. “Quando refletimos o que será a reforma do Ensino Médio, o que vem a nossa cabeça é o que temos de Ensino Médio hoje. E o que nós temos hoje é o resultado de uma precariedade que vai desde a alfabetização ao Ensino Médio. Se olharmos deste patamar, talvez possamos enxergar uma desigualdade muito maior”, explicou Neto.
“Caminhamos para uma restruturação total do papel de cada ator nesse processo, do Mec das secretarias. Neste sentido, os sistemas devem ter um protagonismo muito maior do que tiveram até o momento. Precisamos lembrar que uma secretaria tem uma diversidade de ofertas na rede, com escolas nos centros urbanos e escolas afastadas. São essas que vão precisar de um tratamento diferenciado dos sistemas”, completou o diretor.