Seminário Internacional de Avaliação
11.10.2017Começou nesta terça-feira (10), em Recife (PE), o Seminário Internacional de Avaliação da Educação Básica, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o Instituto Ayrton Senna, o Instituto Unibanco e a Fundação Itaú Social. Em sua fala de abertura, o presidente do Consed destacou o trabalho do secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio, à frente do GT de Avaliação, que resultou na realização do seminário e de um relatório/diagnóstico da avaliação nos estados.
Alencar destacou que a avaliação também se relaciona com o processo de elaboração da Base Nacional Comum e da Reforma do Ensino Médio e ressaltou uma preocupação. “Eu sou inconformado com o tempo do resultado da avaliação. Em plena era da velocidade, a gente devia ter resultados mais rápidos. Logo, este trabalho que o GT de Avaliação está fazendo é muito importante e rico”, concluiu.
Em sua fala, o secretário Fred Amancio elencou alguns pontos do trabalho do GT. “O nosso trabalho partiu do diagnostico de como estavam as avaliações até o momento em que entendemos o que avançamos e no que podemos avançar. A ideia é que possamos fazer um maior uso da avaliação como instrumento importante não apenas para o planejamento estratégico da secretaria mas para a própria ação pedagógica.”, disse ele.
Segundo o secretário, ao pensar em construir uma visão do Consed para que os estados possam elaborar diretrizes de avaliação em larga escala, o grupo de trabalho avaliou seis cenários. “Iniciamos construindo seis cenários e depois com a escolha de um cenário que representasse um consenso entre os estados. A partir do refinamento desta proposta, também foi desenhando este seminário”, destacou.
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini, falou sobre a necessidade do redesenho do Sistema de Avaliação da Educação Básica. “Para o redesenho do SAEB, o Consed e a Undime são parceiros do Inep. E neste trabalho, a gente precisa entender que a vedete da escola é o currículo, não é a avaliação. Neste momento que o Brasil vive, é muito oportuno que a gente possa rever as nossas matrizes de avaliação, dividindo funções, custos, periodicidade e componentes curriculares”, destacou.
Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, Ricardo Paes de Barros fez uma série de provocações em sua fala inicial. “A gente precisa saber se estas avaliações de fato têm melhorado a educação no Brasil. A gente precisa demonstrar que sem essas avaliações a educação do Brasil seria pior do que ela é hoje. E usando bem a avaliação a gente vai ter uma educação muito melhor do que a gente tem hoje.”, ressaltou.
A programação do Seminário Internacional de Avaliação da Educação Básica continua nesta quarta-feira (11), com destaque para a participação de especialistas como Manuel Palácios, Joaquim José Soares Neto e Ruben Klein. Catherine Millet (ETS), Manuel Moscoso (Chile) e Paulo Santiago (OCDE) são os convidados internacionais.