Profissionalizante
01.04.2016A consultora da Unesco Marília de Pádua escolheu Mato Grosso para realizar pesquisa sobre a Educação para Jovens e Adultos (EJA). O foco é aumentar o número deste público na escola, aliado ao ensino profissionalizante. O resultado do trabalho deverá ser concluído em julho deste ano e depois será formalizado ao Ministério da Educação, para nortear futuros produtos para a área da educação para esse público.
“Escolhi Mato Grosso como representante da região Centro-Oeste porque sei que aqui o Pronatec/EJA Integrado já está em andamento desde o novembro do ano passado. A gente pensa que está atrasado, mas não está. A demanda de trabalho está adiantada em relação a outros Estados”, revelou Marília.
“É muito bom que Mato Grosso tenha sido escolhido e contribua com a pesquisa que servirá de subsídios para nortear ações. Nossas equipes estão sempre à disposição para auxiliá-la. Mato Grosso é pioneiro na Educação de Jovens e Adultos desde 2013”, disse o secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Permínio Pinto.
Em Cuiabá, cerca de 270 alunos são atendidos pelo Pronatec/EJA Integrado, na Escola de Saúde do Governo.
A pesquisa tem como foco a aplicabilidade da Meta 10 do Plano Nacional de Educação, que determina o aumento do número de estudantes na EJA. Para isso, todos os Planos Estaduais de Educação foram estudados. As diretrizes curriculares estabelecidas pelos estados, nesse caso, é que fazem a diferença. “As experiências exitosas vão subsidiar novas iniciativas. A expectativa, nesse momento, é observar o nível de aprendizado dos alunos. E Mato Grosso tem estratégias bem interessante para alcançar essa meta”, destacou Marília.
Na oportunidade, os profissionais da Coordenadoria de Ensino de Jovens e Adultos da Seduc detalharam critérios adotados para atender a Educação de Jovens e Adultos, como a seleção dos profissionais para atuarem nos cursos profissionalizantes envolvendo este público.
“Os professores passaram por uma banca examinadora para verificar se tem o objetivo de transmitir conhecimento e para que pudéssemos identificar o envolvimento deles com a EJA. São profissionais cientes e comprometidos com o trabalho a ser desenvolvido”, destacou a técnica da coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos, da Seduc, Raquel Dias dos Santos.
A representante da Unesco disse que veio para buscar a realidade. “Ver os encaminhamentos dados em relação aos cursos profissionalizantes. Vejo que os alunos da EJA não têm tempo a perder, então, aliar a formação inicial e continuada com o profissionalizante é dar a eles uma oportunidade de saírem para o mercado de trabalho. Por isso quero conhecer as diretrizes executadas que não devem perder de vista o sujeito da iniciativa, que é o jovem e o adulto, uma vez que já enfrentam dificuldades pela defasagem em relação ao ensino, não estudando de acordo com os anos normais”, frisou Marília de Pádua, que deverá fazer um comparativo entre o antes e o depois da implantação do Pronatec com a EJA. A análise tem como objetivo identificar se está melhoria contribuiu para diminuir a evasão na modalidade de ensino para jovens e adultos.
Pesquisa de campo
No Centro de Educação de Jovens e Adultos Cesário Neto, em Cuiabá, a pesquisadora conhecerá como funciona o ensino para jovens e adultos, como por exemplo, a carga horária etapa. E na Escola de Saúde do Governo ela vai conferir in loco o Pronatec/Eja Integrado. No local são oferecidos os cursos técnicos em enfermagem, edificações, recursos humanos, em alimentos, manutenção e suporte de informática, rede de computadores e em desenho de construção civil.
Eliana Bess
Assessoria Seduc-MT