Mato Grosso terá 12 novas escolas agrícolas na rede estadual de ensino

Mato Grosso

11.05.2022

Doze municípios de Mato Grosso vão ganhar escolas agrícolas para completar a meta de 15 unidades estabelecidas pelo Governo do Estado. O objetivo é contemplar uma cidade de cada polo sob administração das Diretorias Regionais de Educação (DREs). A proposta é a essência do projeto AgroPec 4.0, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).

Atualmente, já existem três escolas agrícolas funcionando dessa forma no estado. A Escola Estadual Terra Nova está instalada no município de Terra Nova do Norte e hoje atende a 287 alunos. A unidade é modelo para todas as outras, pois já funciona há mais de dez anos. A segunda aberta foi a Escola Estadual Jaraguá, na cidade de Água Boa, e a Escola Estadual Deputado Oscar Soares, que foi implantada no ano passado em Alto Garças e formou quatro turmas, atendendo a 64 jovens.

O AgroPec 4.0 já passou pelas etapas de mapeamento dos polos, avaliando quais necessitam de escolas agrícolas, vocações e tipos de produção, assim como os municípios e escolas que podem tornar-se agrícolas, mas, agora, a Seduc está na fase de análise das propostas. Os municípios interessados em implantar as escolas, enviaram propostas e um Relatório Técnico de viabilidade será confeccionado, mostrando onde há condições de implantação.

“Já realizamos as etapas iniciais analisando cada regional, agora a expectativa é que esses relatórios sejam analisados dentro do mês de maio, para então, definirmos os municípios e estruturas compatíveis. Pretendemos que em junho, possamos iniciar a tramitação do processo de criação da escola”, explicou Lúcia Santos, Superintendente de Diversidades, ligada a Secretaria Adjunta de Gestão Educacional.

A intenção do Estado é valorizar os jovens do campo, fazendo com que atuem no espaço rural com formação técnica apropriada, incrementando a produção regional ou mesmo desenvolvendo o seu próprio negócio.

Além do agronegócio em grande escala, Mato Grosso tem uma forte presença na agricultura familiar, o que torna o projeto estratégico do ponto de vista econômico e social. Aliado a isto, o estado tem uma variada produção agrícola, com demanda de mão-de-obra especializada e vocação para o agronegócio.

Mas a proposta se fortaleceu com as possibilidades de mudança no currículo, que veio com o Novo Ensino Médio. Agora, é permitida a oferta de itinerários formativos nas áreas de conhecimento ou educação profissional e tecnológica, aprofundando conhecimentos com viés técnico, como os das áreas de agricultura e agropecuária.

A Seduc já realizou um levantamento das atividades econômicas predominantes, em cada uma das regionais, que mostram a vocação de cada área de DRE, por exemplo, com algumas com destaque para pecuária, agricultura familiar, produção florestal ou agroindústria. Isso vem embasar a tomada de decisão, para que cada uma das novas escolas atenda e se adeque às necessidades locais.

A ESCOLA AGRÍCOLA

A escola agrícola 4.0 oferece o Ensino Médio integrado à educação profissional. Funciona em tempo integral, em regime de internato, atendendo à predominância econômica e setores produtivos da região onde é instalada, além disto, deve estar equipada e possuir laboratórios que atendam às especificidades dos cursos. Com a metodologia de Alternância, o aluno fica uma semana na escola e, na seguinte, aplica os conhecimentos teóricos na prática. Enquanto isso, na escola, outro grupo aprende a teoria, para então, realizar o revezamento. Mas, além dessas especificidades, o aluno é preparado para atuar como protagonista e tem formação em empreendedorismo.