Mão na massa: estudantes com deficiências aprendem a reaproveitar alimentos

Pernambuco

20.08.2019

A Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Guiomar Krause, localizada em Vitória, realizou, na manhã desta segunda-feira (19), um encontro com as famílias dos estudantes com deficiência física, transtornos globais de desenvolvimento e deficiência psicossocial para conversar sobre nutrição através do Atendimento Educacional Especializado (AEE). A ação faz parte do projeto “Participação social: um exercício de cidadania na construção de políticas públicas” e marca o início das atividades alusivas a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência.

Os estudantes participaram, junto com as mães, de uma oficina de reaproveitamento de alimentos e receberam orientações nutricionais. Com base em comidas saudáveis, foram preparadas receitas sem gluten e sem lactose como geleia de maracujá, bolo de maçã verde com farelo de aveia, pão integral e queijo manteiga. Antes da prática, os jovens passaram por uma avaliação nutricional. 

Portador de diabetes tipo 1, o estudante Lucas Vinícius dos Santos Silva participou com sua mãe Fabíola Celi. “Como tenho diabetes a minha alimentação tem que ser controlada. Então, aprender a fazer alimentos gostosos que possam encaixar na minha dieta é muito importante. Foi uma experiência muito boa”, disse o jovem. Para Fabíola, essa também é uma oportunidade de aprender e repassar o que aprendeu. “É Muito importante receber essa orientação e poder não só melhorar a nossa alimentação, mas também a de outras pessoas. Com certeza, vamos compartilhar o que aprendemos aqui”, ressaltou.

Fabiana Tavares, que é professora do AEE, mestre em educação inclusiva e graduanda em nutrição, por trabalhar com estudantes portadores de autismo, TDH, cadeirantes, deficiências psicossociais, depressão, dentre outras especificidades, percebeu a importância de mostrar novas formas de alimentação através do reaproveitamento integral dos alimentos. “A nutrição interfere em todos os quadros e traz um impacto para o processo educativo. Então, dentro do projeto surgiu a necessidade de fazer um atendimento específico às famílias de acordo com o perfil de cada estudante”, pontuou Fabiana.