O Governo do Amapá realizou uma visita técnica ao arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, para debater junto à comunidade o projeto de construção da nova Escola Bosque da região. Equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) e Secretaria de Estado da Educação (Seed), puderam receber diretamente de pais, alunos e educadores, sugestões para a obra.

A reestruturação da unidade educacional foi anunciada pelo governador Clécio Luís, quando esteve no Bailique, no mês de novembro, comandando ação humanitária na região. Os investimentos para a obra foram adquiridos através de articulação do senador Davi Alcolumbre, com contrapartida do tesouro estadual. O início dos trabalhos está previsto para 2024, período em que serão finalizados os projetos e trâmites administrativos para execução.

“Vamos fazer uma obra pensada junto com a comunidade do Bailique, estamos apresentando soluções para a realidade do local. O projeto também inclui uma quadra poliesportiva, passarela da margem do rio até a nova escola, redários e demais novidades”, disse o secretário da Infraestrutura, David Covre.

O projeto da nova edificação, apresentada durante o encontro na sexta-feira, 8, contará com estrutura moderna e modular, o que, além de acelerar a execução da obra, irá minimizar possíveis manutenções e reparos no futuro. Hoje, a Escola Bosque do Bailique tem capacidade de atender mais de 450 alunos. O projeto está sendo executado de acordo com as normas técnicas de estruturação básicas arquitetônicas complementares, elaboradas pela Seinf.

A construção da nova unidade leva em conta o futuro do arquipélago. Pensando no fenômeno das terras caídas, questão que afeta há vários anos a região, a obra será executada numa distância de 250 metros da margem do rio, em estrutura removível, para haver uma mudança do local, caso a escola chegue a ser afetada novamente pelo fenômeno. Essa foi uma das maiores preocupações expostas pela comunidade durante os diálogos com os técnicos do Governo do Amapá.

“Muito importante essa atitude do Governo do Amapá em sempre manter o diálogo e atender nossas demandas, enfrentamos muitas dificuldades com o passar do tempo, algumas delas vivenciadas na Escola Bosque, que tem sua história no arquipélago. Hoje, já temos esperança que se construa uma nova realidade aqui na região”, disse a diretora da escola Cynthia Guedes.

Outra dificuldade vivenciada na comunidade escfolar, é que durante o período de aulas, alunos e professores são obrigados a esperar a alta da maré para serem transportados por via fluvial até suas casas, com isso, acabam ficando muito tempo dentro das dependências da escola. Pensando nessa realidade, a nova estrutura vai receber redários; ambientes de convivência, privilegiando as belezas naturais local; quadra poliesportiva; passarela com um flutuante da margem do rio até a unidade e demais melhorias apresentadas pelo Estado à comunidade.

“Essa vai ser uma obra que soma vários ganhos para o Arquipélago do Bailique, seja na geração de empregos local durante o período de obra e depois de finalizada, com nova estrutura para a educação”, destacou o secretário adjunto de Gestão da Seinf, Ivy Vasconcelos.

Atual situação da Escola Bosque

Com o tempo, partes de sua estrutura foram destruídas, em consequência do fenômeno natural das terras caídas vivenciado na região. Alguns espaços foram reorganizados para pontos que não foram afetados, no entanto, com o passar do tempo, a tendência é que a atual estrutura seja completamente comprometida, pelo fenômeno que segue avançando no local. Por isso, os técnicos da Seinf observaram a necessidade de construir um novo prédio para a escola.

Desafios da obra

Um dos grandes desafios a serem enfrentados durante a obra, trata-se da logística de materiais de construção, que vão ser transportados por via fluvial até o Bailique durante o período dos trabalhos.