Governo da Paraíba investe em reforma e ampliação de escolas e na construção de novas unidades

Paraíba

10.03.2016

Este ano, mais 60 escolas da rede estadual de ensino serão reformadas e ampliadas. Somente nas obras em andamento, os investimentos alcançam um montante de R$ 48 milhões. Segundo informações o secretário de Estado da Educação, Aléssio Trindade, só no ano passado, 60 escolas foram reformadas e ampliadas, num investimento de R$ 105 milhões. Entre 2011 e 2014, 352 escolas receberam intervenções na sua estrutura física, com investimentos de mais de R$ 300 milhões.

Quanto às escolas técnicas estaduais, os investimentos chegam perto de meio milhão de reais. O governador Ricardo Coutinho já entregou três unidades, uma no município de Mamanguape, uma Bayeux e outra em João Pessoa, cada uma com capacidade para 1.200 alunos. Em todas as unidades foi implantado o modelo de Escola Cidadã que prepara o estudante para o mercado de trabalho. “As vagas estão sendo disputadas até por alunos oriundos da iniciativa privada. As novas escolas técnicas a serem entregues são as de Cajazeiras, São Bento e Cuité”, informa o secretário.

Ele acrescenta que o Governo do Estado está aguardando recursos para a construção de nove novas escolas técnicas. “Mas enquanto os recursos não chegam, estamos estruturando escolas de ensino médio que já existem em nossa rede, e estão em cidades importantes, para fazer ofertas de cursos técnicos. Um exemplo em João Pessoa é a Escola João Goulart, que tem diversos cursos na área de turismo que têm o reconhecimento do trade na região”, revela.

Aléssio Trindade explica que o impacto do crescimento da rede estadual foi positivo, com o aumento do número de estudantes em 40 mil. “A oferta de vagas na rede estadual de ensino até 2014 era de atender 460 mil alunos, com a oferta de 100 mil novas vagas por ano para o ensino médio. Este ano, a oferta de vagas éde 500 mil alunos. Os investimentos em infraestrutura de 60 escolas, no ano passado, foram superiores a R$ 105 milhões”, reitera.

Em cinco anos, o Governo do Estado investiu R$ 103.7 milhões e contemplou 57.785 servidores estaduais, nas edições já realizadas do Prêmio Mestres da Educação e do Prêmio Escola de Valor. O Prêmio Escola de Valor contempla todos os profissionais da educação lotados nas escolas laureadas com o 14º salário. Já o Prêmio Mestres da Educação contempla todos os professores lotados nas escolas laureadas com o 14º salário e caso estejam lotados em escolas ganhadoras do Prêmio Escola de Valor, poderão garantir também o 15º salário.

Em 2015, o Governo do Estado investiu R$ 12,1 milhões na reforma e ampliação das quatro escolas que formam o Complexo Central de Escola de João Pessoa formado pelas escolas Liceu Paraibano, Olivina Olívia Carneiro da Cunha, Instituto de Educação da Paraíba (IEP) e Argentina Pereira Gomes. Além disso, mais R$ 7,4 milhões foram investidos no Centro de Formação de Educadores, em Campina Grande.

A soma das ações do Governo do Estado na Educação, de 2011 a 2014, totaliza 885 novas salas de aula, além da celebração de 164 convênios com 152 municípios, por meio do Pacto Social, sendo 135 para obras de construção, reforma e ampliação de escolas. Outra ação de destaque no mesmo período é aquisição de equipamentos para as unidades escolares, que somaram investimentos da ordem de R$ 227,8 milhões, contemplando todos os 223 municípios com equipamentos, mobiliários, kits esportivos, equipamentos eletroeletrônicos, materiais esportivos, fardamento escolar, kits escolares e outros itens educacionais.

Até 2014, o Governo do Estado adquiriu 21.951 netbooks, 107 notebooks e 3.370 microcomputadores. Até 2013 foram adquiridos 150 laboratórios de Robótica e em 2014 mais 150 laboratórios, totalizando 300. Também até 2013 foram adquiridos mais 150 Laboratórios de Matemática e em 2014 mais 150 laboratórios, também totalizando 300 unidades.

Foram adquiridas ainda 100 unidades do software de educação P3D, que disponibiliza mais de mil objetos de aprendizagem 3D em 13 línguas para os professores usarem a fim de criar aulas dinâmicas e criativas. Até 2013, o Governo do Estado também havia comprado 61 mil tablets, que se somaram a mais 43 mil adquiridos em 2014. Também adquiriu Enciclopédia de Física para 76 escolas, além de 10.830 exemplares de Dicionário de Espanhol.

A previsão, segundo informações do secretário Aléssio Trindade, é que o Governo do Estado invista, este ano, na aquisição de mais laboratórios de Matemática. “Nós compramos, no ano passado, 11 mil computadores dos mais modernos e tablets e, com isso, os alunos da rede pública estadual estão tendo acesso a muitas tecnologias e equipamentos que muitas escolas da rede privada não têm”, ressalta.

Os investimentos no transporte escolar, entre 2011 e 2014, atingiram uma soma de aproximadamente R$ 144,3 milhões, sendo R$ 88,4 milhões na aquisição de 585 ônibus escolares; R$ 3,6 milhões na compra de 15 mil bicicletas escolares, somados a mais R$ 3,5 milhões para aquisição de equipamentos de segurança, como joelheira, cotoveleira e capacetes; completando os investimentos com R$ 48,8 milhões de transferência de recursos do Tesouro do Estado para transporte de alunos, por meio de convênio com os municípios.

No ano de 2015, o Governo do Estado também investiu mais de R$ 3 milhões para estimular o ensino de música nas escolas, como aprendizado na educação extracurricular dos alunos da rede estadual de ensino. Mais de 7 mil alunos foram atendidos pelo projeto, que abrangeu mais de 70 cidades do Estado e foi responsável pela organização de diversas bandas marciais. A Secretaria de Estado da Educação também atuou para o desenvolvimento da Educação do Campo, Indígena, Quilombola e Étnico-racial.

A preparação dos alunos da rede estadual para o vestibular foi priorizada por meio da criação do PBVest com a metodologia em Ensino a Distância (EAD), atendendo anualmente 12 mil estudantes, em 48 polos, nas 14 Gerências Regionais de Educação, conforme estatísticas do PBVest referentes aos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014. Outro destaque é a Educação Inclusiva, que ganhou ênfase com a retomada da parceria com a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad), que trabalha com Educação Especial, garantindo o acesso e a permanência dos estudantes.

Estudantes aprovam novos modelos de escolas estaduais

A Escola Cidadã e as Escolas Técnicas Estaduais são os modelos de escolas que vêm sendo implantados na Paraíba desde a primeira gestão do governador Ricardo Coutinho, que afirmou recentemente, durante a inauguração da Escola Estadual Cidadã Integral Heliton Santana, em Santa Rita, que o papel da escola, na modalidade Cidadã Integral, é oferecer condições adequadas para que os estudantes sejam protagonistas do seu próprio futuro.

Para o estudante Telson Gabriel, 18 anos e que cursa o 1º Ano do Técnico em Vendas, na Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa, esse protagonismo já é uma realidade. Ele explica que essa modalidade de ensino permite ao aluno construir, em conjunto com os professores, o seu projeto de vida no campo acadêmico e para o mercado de trabalho.

“O que me chamou a atenção nessa escola é que aqui se trabalha a questão do protagonismo juvenil. Os professores nos ajudam muito a desenvolver o nosso dia a dia e a construir a nossa própria história. Aqui os jovens aprendem a saber o que realmente pretendem e querem para sua vida profissional e para sua vida acadêmica”, reforça.

O estudante revela que o dia a dia na escola é bem legal. Após sua rotina diária na escola, mesmo cansado, ainda dá uma olhada nas redes sociais e uma relida no que foi estudado durante o dia. Ele acrescenta que, pelo fato dos alunos passarem a maior parte do dia na escola, já que chegam às 7h30 e só retornam para casa às 17h, isso gera um tipo diferente de convivência, distante da realidade de uma escola comum.

“É um local onde a gente faz bastante amizade com pessoas novas e cria uma relação de família. A gente aprende realmente algo diferente, algo fora da realidade que a gente tinha no dia a dia, em uma escola comum. É uma experiência bem legal aqui. O ensino também é de mais qualidade e os professores são mais qualificados para ministrar o tipo de ensino que é dado aqui. O processo de seleção para entrar na escola, pelo qual tivemos que passar, torna a nossa presença aqui uma conquista e algo muito especial mesmo”, acentua.

Jamile do Nascimento Silva, 14 anos, também aluna do 1º Ano do Técnico em Vendas na Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa, reconhece que a jornada diária de estudo às vezes pode até ser cansativa, mas que compensa pela expectativa futura de se tornar uma profissional qualificada. “Estudar numa escola integral é uma experiência bastante nova e inovadora também. Outra coisa que compensa é o ótimo entrosamento com os colegas, já que todos aqui buscam o mesmo objetivo”, observa.

Ela acrescenta que os intervalos são bastante agradáveis, principalmente no refeitório, quando alguns alunos trazem violões e todos cantam para alegrar o dia. Jamile conta que quando retorna para casa, ainda tem tempo para treinar o Wrestling, uma luta olímpica de estilo livre, já que é atleta. “Eu deixo o final de semana para atualizar as redes sociais, já que no decorrer da semana não tem como fazer isso, pois é tudo bastante corrido. Sempre deixo o domingo para descansar, exceto quando o professor marca um treino extra de Wrestling, mas normalmente, no domingo, eu só descanso”, complementa.

No entender de Telson, o apoio dos pais é fundamental para o sucesso do seu projeto de estudo. Ele relata que a sua aprovação e a de seu irmão, na prova de seleção para entrar na escola, deixou os pais bastante felizes. Já Jamile comemora o fato de sua mãe, com quem reside, apoiar integralmente seus estudos, porque considera que o conhecimento é uma coisa que ninguém tira.

Escola Cidadã Integral: novo modelo de escola pública implantado na Paraíba

Fazer com que os estudantes da rede oficial de ensino sejam competitivos para serem aprovados em concursos públicos, para ingresso em universidades, a exemplo do Enem, ou para enfrentarem o mercado de trabalho em diversas áreas. Essa é a meta a ser alcançada pela Escola Cidadã Integral, um novo modelo de escola pública implantado na Paraíba, com a proposta de organização e funcionamento em tempo único, ou seja, integral.

O programa tem como foco a formação dos jovens por meio de um desenho curricular diferenciado e com metodologias específicas, que apresentam aos estudantes do Ensino Médio possibilidades de se sentirem integrantes do seu projeto de vida.

Norma Sueli dos Santos Silva, diretora adjunta da Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa, explica que esse tipo de escola segue o mesmo modelo que a Escola Cidadã Integral, mas tendo como diferencial os cursos técnicos, que visam a formação dos jovens para atuarem no mercado de trabalho. Ambas têm como foco proporcionar aos jovens se reconhecerem como protagonistas em seus locais de atuação.

“A nova proposta do Governo do Estado é que a princípio oito escolas tenham um programa especifico que é justamente tratar o aluno em cima do seu projeto de vida. Entre as oito escolas, três são do modelo Escola Cidadã Integral Técnica, uma em João Pessoa, uma em Bayeux e outra em Mamanguape. As outras cinco, que estão espalhadas nas Regionais de Educação, são do modelo Escola Cidadã Integral, têm o mesmo programa, só não são voltadas para o ensino técnico. Então, o aluno aqui faz o ensino médio regular junto a um curso integrado e, no final dele, já sai com seu projeto de vida encaminhado, com relação à questão do trabalho ou para dar continuidade à vida acadêmica”, revela.

Ela esclarece que o período letivo, nos dois modelos de escola, tem a duração diária de 9 horas e 30 minutos, com refeições incluídas – almoço e lanche. Nesse espaço de tempo, além das disciplinas obrigatórias, os estudantes podem escolher matérias para enriquecer o currículo, como música, teatro, cinema, empreendedorismo e fotografia. Também é possível ingressar em clubes juvenis, como o jornalzinho da escola, a rádio da escola, entre outros. “O aluno chega na escola às 7h30 e sai às 17h. A nossa escola já é toda adaptada para acolher o aluno no período integral, tem os dois lanches nos dois turnos e tem o almoço e o descanso. A escola também é adaptada para banho. O recreio acontece no período da manhã, às 10h, e no turno da tarde, às 15h. São vinte minutos de intervalo em cada turno”, detalha.

Os cursos ofertados na Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa – Pastor João Pereira Gomes Filho, que fica sediada no bairro de Mangabeira, são Técnico em Cozinha e Técnico em Vendas. O eixo tecnológico dos cursos é voltado para o turismo, hospitalidade e lazer, gestão e negócios. “A gente tem 160 alunos matriculados, divididos a princípio em quatro turmas de primeiro ano. São 80 alunos em cada curso, isso tudo a nível médio técnico. A escola tem capacidade para 1.200 alunos, sendo 40 por sala de aula. A gente abriu o edital na primeira quinzena de dezembro do ano passado e ofertou 160 vagas, e todas foram preenchidas. As aulas iniciaram no último dia 11 de fevereiro”, informa.

Norma Sueli esclarece que esse modelo de escola tem um currículo diversificado e com organização curricular flexível. O currículo escolar conta com as disciplinas obrigatórias da base, parte diversificada, componentes integradores e também as disciplinas eletivas que são elencadas a partir da escolha dos estudantes, de acordo com seu interesse e aptidão. “A gente tem as disciplinas da Base Nacional Comum, a exemplo de português e matemática, e as disciplinas eletivas que são as que os próprios alunos escolhem, em conjunto com os professores.  O aluno tem até três opções, de acordo com a área que se identifique”, pontua.

Professor destaca qualidade estrutural e de ensino da Escola Cidadã Integral Técnica

Na opinião do professor de Educação Física da Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa, André Uchôa, as escolas cidadãs integrais vem com um up a mais, porque elas podem tirar o melhor proveito de cada aluno. Segundo ele, para ser professor desse modelo de escola é preciso se submeter a um processo seletivo e depois, caso seja aprovado, participar de curso de formação, cujo objetivo é introduzir o modelo pedagógico e de gestão das escolas cidadãs integrais, fornecendo as bases teóricas e metodológicas necessárias para dar início a este modelo de escola.

“A gente passa por uma formação, por um estudo, e por isso está em constante evolução para dar sempre o melhor a cada aluno. Considero que trazer qualificação para os professores é uma iniciativa muito positiva da parte do governo estadual. A importância desse modelo de escola está em oferecer aos alunos a oportunidade deles próprios pensarem na construção de um futuro melhor”, ratifica.

André Uchôa considera a Escola Cidadã Integral Técnica uma iniciativa louvável, principalmente porque professores como ele se sentem privilegiados e com uma condição de trabalho excelente, em nível das melhores escolas da Paraíba. “Temos uma escola hoje na Paraíba que não perde em qualidade para nenhuma escola da rede particular de ensino. Nossa escola, por exemplo, tem uma condição muito boa, tanto estrutural, quanto física, e de material didático. Então, é arregaçar as mangas e trabalhar”, conclui.

Em sua estrutura física, a Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa, assim como outras unidades do mesmo modelo, é composta por um pavimento térreo com quadra poliesportiva coberta para diversas modalidades; vestiários masculino e feminino; refeitório, cantina e cozinha industrial completa; laboratórios de Informática, Línguas, Matemática, Física, Biologia e Química; sala de multimídia para professores; auditório com capacidade para 201 lugares; anfiteatro; e sala para o grêmio estudantil. No pavimento superior são 12 Salas de Aula e uma biblioteca. Para construção dessa unidade, o Governo do Estado investiu R$ 10,3 milhões e para compra de equipamentos gastou mais R$ 7 milhões.

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