Gestores de escolas e regentes musicais definem atividades de projeto em 2023

Roraima

13.02.2023

Gestores e regentes musicais das escolas estaduais estiveram reunidos no auditório do Ierr (Instituto de Educação de Roraima) nesta semana para orientações sobre os próximos passos do Projeto de Bandas e Fanfarras desenvolvido pelo Governo de Roraima, executado por meio da Seed (Secretaria de Educação e Desporto).

“É uma reunião de alinhamento para o ano letivo de 2023 para promover a integralidade dentro das escolas, utilizando os recursos empenhados para ampliar o que já é desenvolvido”, disse a diretora do Depe (Departamento de Desenvolvimento de Políticas Educacionais), Rosilda Garcia. O setor da Seed é responsável pelo projeto.

Dentre os assuntos abordados na reunião, foram discutidos os aspectos legais do ensino da música nas escolas, a musicalização na constituição do componente curricular, a importância do Projeto de Vida, voltado aos alunos do NEM (Novo Ensino Médio) e a execução do 29º Festival de Bandas e Fanfarras das unidades escolares da rede estadual de ensino.

O coordenador do Projeto, Adriano Silva, disse que é muito importante a reunião de alinhamento para definir os objetivos do ano letivo. “Um encontro como esse serve para passar aos regentes o direcionamento necessário para, além de levar música e disciplina e trabalhar a parte social, agregando escola e família”, disse.

BANDAS E FANFARRAS

O Projeto de Bandas e Fanfarras teve início em 2015 e é executado durante todo o ano letivo, com aulas teóricas e práticas de música para a formação de bandas e fanfarras com os alunos das escolas inseridas na iniciativa.

Hoje, 34 escolas participam do projeto com um regente em cada uma. São 20 bandas na capital e 14 no interior e comunidades indígenas divididas em fanfarras, bandas maciais e bandas de percussão.

O músico Kalell Timóteo tem vasta experiência em instrumentos de sopro. No projeto ele é regente do CEM (Colégio Estadual Militarizado) Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena, no bairro Nova Cidade. Ele conta que não existe triagem para dar oportunidade a todos. As vagas são abertas até o preenchimento por ordem de chegada.

“Não existe seleção. Nós como educadores musicais entendemos que a música não é seletiva àqueles predestinados a serem músicos. Todos temos capacidade de desenvolver atividades em qualquer área do conhecimento. Basta ser incentivado”, explicou o professor.

O QUE A LEGISLAÇÃO ORIENTA?

A Lei nº 11. 769/16, que alterou dispositivos da Lei n° 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas da Educação Básica. Além disso, uma normativa da CEB (Câmara de Educação Básica) do CNE (Conselho Nacional de Educação), a Resolução CNE/CEB nº 2/16 define diretrizes nacionais para a operacionalização do ensino de música nas escolas. 

Com a adesão ao Novo Ensino Médio, a música também estará mais presente, principalmente nas escolhas dos Projetos de Vida. Atualmente a Lei nº 13.278/16 rege o ensino de Artes no componente curricular para o ensino de música, dança, artes visuais e teatro.

Para a gestora pedagógica do CEM Fernando Grangeiro de Menezes, Livia Rodrigues, o projeto traz significância positiva, uma vez que os alunos que participam das fanfarras se organizam socialmente com mais facilidade.

“Para seguir no projeto critérios são estabelecidos para os alunos, sem contar que os tiram da ociosidade, a proximidade e integração entre eles aumenta, demonstram disciplina, participação. Em 2022 a gestão percebeu o processo de evolução acadêmica dos alunos que participaram da fanfarra”, disse a gestora.

FESTIVAL DE BANDAS E FANFARRAS

Segundo a diretora do Depe, está prevista para os dias 16 e 17 de março a 29ª edição do Festival de Bandas e Fanfarras das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino.  Na ocasião serão distribuídos materiais para as escolas otimizarem o seu acervo musical para dar seguimento ao projeto.

 

Por Layse Menezes

Fotos: ASCOM - SEED