A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de Goiás promoveu, nesta quinta-feira (15/8), um encontro para formação para gestores de escolas de tempo integral de todo o Estado. O evento foi realizado no Bizz In Hotel, em Goiânia, e é uma continuidade do I Encontro de Educação Integral de 2019, iniciado no último dia 7. O encontro reuniu diretores e coordenadores das escolas em tempo integral com o objetivo de repactuar as metas para os Centros de Ensino em Tempo Integral (Cepis) e retomar as discussões e os princípios dessas escolas. 

Conforme explicou a superintendente de Educação Integral, Márcia Antunes, todos os Cepis trabalham com metas articuladas junto à Secretaria Estadual da Educação e a intenção é que elas sejam efetivamente cumpridas. “Temos metas voltadas para a aprendizagem e melhoria da proficiência em português e matemática, mas queremos também que esses meninos sejam bons em produção científica, em química, física, biologia, inglês, espanhol, ou seja, todas as áreas do conhecimento. Temos também metas de combate à evasão. Nosso objetivo principal é zerar a evasão e a reprovação nesses Cepis, uma vez que os alunos passam o dia todo na escola e têm uma série de possibilidades de aprender e se envolver mais”, ressaltou.

A superintendente também exaltou o engajamento dos alunos dos Cepis, com as ações de projeto de vida, clubes e práticas de laboratório. “Temos muito claro o protagonismo desses jovens e queremos que eles tenham seus projetos de vida feitos e bem claros, sendo executados realmente. Toda a estrutura e a proposta que essas escolas têm, já articulam o atingimento dessas metas. Então, os componentes curriculares já dão mais condições para que esses alunos participem de vestibulares, do Enem, e cheguem numa condição melhor de preparo.”

Bons resultados

João Batista, diretor do Cepi Silvio de Melo, de Morrinhos, participou do encontro. O Cepi teve a melhor nota do Enem no Estado em 2018, além da aprovação de todos os alunos concluintes do Ensino Médio em instituições de Ensino Superior, sendo 73% em instituições públicas. “A proposta pedagógica desse modelo traz condições para que o aluno da escola pública possa conseguir o que ele realmente quer. Trabalhamos muito a questão do projeto de vida e a questão dos sonhos, que ele pode fazer o sonho dele realidade, com estudo e dedicação. A escola é a retaguarda disso, porque ela trabalha para dar as condições necessárias para que esse aluno consiga chegar ao objetivo dele. Esse modelo de escola procura formar o cidadão para o que ele deseja ser, a expectativa da escola é que no meio da 3ª série ele esteja preparado para decidir o caminho dele. Talvez seja esse fato, de mostrar ao aluno que ele pode, que seja nosso diferencial”, disse.