A Gerência Regional de Educação (GRE) Metropolitana Sul realizou o II Festival de Cordel. A ação realizada pela biblioteca escolar e coordenada pela Coordenação Geral de Desenvolvimento da Educação (CGDE) contou com a participação de cerca de duas mil pessoas, entre estudantes e professores. Este ano, o festival homenageou os cordelistas pernambucanos Érica Monteiro, Ivaldo Batista, João Felix e Luiz Esperantivo. 

O principal objetivo da iniciativa é promover a literatura de cordel em todas as escolas jurisdicionadas à Gerência, a partir do espaço da biblioteca escolar. “A literatura de cordel é uma grande ferramenta para que o professor trabalhe a oralidade e também a escrita. O cordel pode ajudar a desenvolver a inteligência, o senso crítico, a capacidade de oratória e a organização das ideias”. afirmou Mizia Silveira, técnica de biblioteca.

A segunda edição do festival recebeu mais de 160 inscrições. Os trabalhos foram trabalhados em live e na rede social instagram, através do perfil @cgde.ufmbibliotecametrosul. A ideia é estimular a leitura de cordel e a escrita literária desse gênero que faz parte da cultura nordestina. “Estamos felizes em propagar a literatura de cordel, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro e oferecer uma alternativa cultural para nossos estudantes neste período de isolamento social”, ressaltou a técnica de biblioteca, Marleide Rocha.

“Estou muito feliz em participar desse evento maravilhoso, meus alunos surdos vibraram do início até o fim”, conta Araciely Cattielly, professora intérprete de libras da Escola Domingos Albuquerque. Um dos cordelistas homenageados, Luiz Esperantivo, parabenizou a equipe pelo evento e os estudantes que desenvolveram os projetos de cordel. “Isso é a prova que a semente foi plantada e que renderam bons frutos”, disse. 

Estudante do 3° ano da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Vila Rica, Andreza de Lourdes escolheu a pandemia como tema do seu poema. “Minha intenção ao escrever esse cordel era conscientizar as pessoas a tomarem os devidos cuidados, pois todos nós sabemos que essa é uma doença muito séria. Com a realização desse projeto pude, com meu cordel, tocar as pessoas de alguma forma, sempre com mensagem de otimismo. Precisamos deixar as coisas acontecerem no seu devido tempo, isso vai passar, se tivermos fé e não desistimos e quando nós chegarmos lá na frente vamos olhar para trás e vê que valeu a pena o esforço que fizemos”, pontuou a estudante.