Distrito Federal
12.06.2020Metade do trabalho já foi finalizada. Educação investiu cerca de R$ 10,2 milhões em obras nas redes elétricas, hidráulicas, pintura e reforma do piso
Situada na Quadra 8 da Octogonal, a Escola Classe nº 8 é uma das 80 unidades de ensino da rede pública que passaram ou passam por reformas durante o período de pandemia. Segundo a Secretaria de Educação, em três meses o governo investiu R$ 10,2 milhões em obras nas unidades, com pinturas, restauração de redes elétricas e hidráulicas, troca de pisos e reforma de telhados.
_______ “A iluminação de LED é melhor e também teremos mais economia na conta de energia” Luciana Araújo, diretora da Escola Classe nº 8 |
Com os alunos em isolamento social, o colégio – que abriga cerca de 330 estudantes em período integral – conseguiu concluir duas obras importantes: trocou todo o forro do teto e ainda revitalizou completamente todo o sistema elétrico. “Era uma obra muito desejada. Já vivenciamos há alguns anos uma pane elétrica que deixou a gente tem a iluminação total da quadra de esporte”, explica a diretora Luciana Araújo.
Além da iluminação da área destinada a prática de esportes, o colégio também ganhou a troca de todas as luminárias e as lâmpadas de mercúrio, foram substituídas por LED. “A iluminação é melhor e também teremos mais economia na conta de energia”, explica a gestora. Entre as obras, aquela comunidade escolar também comemora o novo forro da cantina.
“Era muito difícil oferecer o almoço para as crianças no horário de meio dia, um calor insuportável que provocava muito desconforto a todos”, lembra a diretora.
As obras de manutenção, segundo Luciana, são as primeiras desde a inauguração da Escola Classe nº 8. “Era uma rede de energia muito antiga e ultrapassada. Agora temos inclusive a possibilidade de pleitear a instalação de ar-condicionado”, comemora.
No Centro de Ensino Especial nº 1 da Asa Sul, que acolhe 238 estudantes adultos com deficiência intelectual e autismo, é outra unidade que aproveitou o esvaziamento das instalações para concluir boa parte dos serviços de recuperação do circuito elétrico.
“Para nós foi muito importante porque nossos estudantes não lidam bem com barulho e essa obra tem uma quebradeira grande”, conta a diretora da unidade, Ana Paula Ventorim. “Com os alunos aqui, só conseguíamos fazer obras em finais de semana e à noite”, conclui.
Segundo ela, o período de aulas suspensas ajudou na finalização de mais um dos oito módulos do quadro elétrico. “Agora, só faltam dois. Se tudo der certo, vamos concluir tudo antes do retorno dos nossos alunos”, explica a diretora.
O subsecretário de Infraestrutura e Apoio Educacional, Cláudio Nelson Brandão, contabiliza que 50% das obras iniciadas no período da pandemia já foram executadas. “O governo intensificou as reformas, aproveitando a ausência dos alunos, e conseguimos dar um ritmo melhor às obras”, explicou.
Na lista das obras, um destaque para trabalhos de recuperação de telhados, forros e laje. Esses serviços atingiram 38 das 80 escolas em reformas. O número é o mesmo para os trabalhos de revitalização da parte elétrica. “São serviços que não são muito visíveis, mas de extrema importância para a segurança dos estudantes”, completou.
Há ainda, no levantamento, reforma de banheiros e obras relacionadas ao escoamento de águas da chuva. No total, 35 passaram ou ainda estão passando por esse tipo de intervenção. Em outras 11 unidades de ensino o governo investiu em pintura de fachadas, pátio, cantinas e salas de aula. A troca de piso alcançou 20% de todas os colégios relacionados.
De acordo com o subsecretário de Infraestrutura da Educação, no próximo semestre, novas reformas devem sair do papel. “Estamos elaborando os estudos necessários para encaminhar novas intervenções em 150 unidades da rede. Todas atreladas à segurança e à funcionalidade dos equipamentos”, destacou.
Claudio Nelson anunciou ainda que a pasta trabalha na finalização dos processos de licitação de 43 novas obras, que devem ter início até o próximo ano. “Trata-se da construção de 24 novas creches e 19 escolas, com investimentos na ordem de R$ 300 milhões”, projetou.
Renata Moura, da Agência Brasília | Edição: Fábio Góis