Fred Amancio e representantes da Educação conversam sobre o desafio da volta às aulas nas redes públicas

Pernambuco

24.08.2020

O secretário de Educação e Esportes do Estado de Pernambuco (SEE-PE), Fred Amancio, participou, nesta segunda-feira (24), do Summit Educação Brasil 2020, promovido pelo jornal Estadão. No encontro, Amancio converso sobre o desafio das voltas às aulas nas redes públicas. O gestor dividiu o espaço com outros secretários estaduais e representantes de instituições educacionais, e respondeu questionamentos acerca de como será o retorno das atividades presenciais nas escolas de Pernambuco, ainda sem data definida. 

Participaram do encontro virtual Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social; Priscila Cruz, presidente executiva do Todos Pela Educação; Vitor de Angelo, secretário de educação do Espírito Santo; e Rossieli Soares, secretário de educação do estado de São Paulo. O encontro teve a mediação de Renata Cafardo, repórter especial do Estadão. O secretário abriu a discussão falando sobre o plano de retomada do Governo de Pernambuco, dividido em etapas e que abrange uma série de ações e estratégias. 

Para Fred, a data de retorno das aulas presenciais em Pernambuco depende da avaliação do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, coordenado pela Secretaria de Saúde Estadual. “Não cabe à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco decidir quando as aulas irão voltar, isso quem diz são as autoridades da Saúde. Pensando no ciclo do ano letivo,  se fosse antes de outubro seria melhor, mas a gente segue fazendo análises dos números da pandemia no Estado e ainda não temos a definição da definida”, comentou o secretário, preocupado com o nível de aprendizagem dos estudantes.

“Pesquisas já apontam que conforme o passar do tempo os estudantes passam a se sentir desestimulados à permanecer assistindo aulas remotas. E com esse desestímulo cria-se uma perda de aprendizagem, que nas aulas online já não é a mesma que nas aulas presenciais. Os dados também apontam, inclusive, a possibilidade de abandono escolar”, completou o secretário, ressaltando a intenção da instituição em evitar o abandono. 

A mesma preocupação foi compartilhada com  Vitor de Angelo, secretário de Educação do Espírito Santo. “O que me surpreende é perceber que mesmo entre aqueles que declaram não usar máscaras ou ou ter mudado seus hábitos por causa da pandemia, respondem às pesquisas que as aulas presenciais não deveriam voltar em pelo menos dois meses. O Brasil precisa entender que reabrir as escolas é urgente, assim que as autoridades de saúde declararem que é seguro”, pontuou. “É preciso reconhecer que a escola aberta, e com aulas presenciais, é extremamente necessária para ressocialização, observação e proteção das crianças e adolescentes”, pontuou. 

Protocolo Setorial - No mês de julho, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação e Esportes divulgou o protocolo setorial para a área da Educação no Estado. O documento - que abrange Educação Básica, Ensino Superior e Cursos Livres (cursos de línguas, cursos técnicos, qualificação profissional e outros) - estabelece regras sobre distanciamento social, medidas de proteção/prevenção, monitoramento e comunicação. O protocolo ficou disponível até o dia 24 de julho para consulta pública e eventuais contribuições. O documento final será divulgado em breve no site da SEE (www.educacao.pe.gov.br).