Formação para seminários estaduais que discutirão a BNCC é realizada em Brasília

União Nacional dos Dirigentes Municipais

22.06.2016

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), como instituições responsáveis pela articulação e organização dos seminários estaduais que vão discutir a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) promoveram, em Brasília nos dias 20 e 21 de junho, com o apoio do Ministério da Educação (MEC), da Universidade de Brasília (UnB), e do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale)/ UFMG e com a parceria institucional do Movimento pela Base Nacional Comum, a formação para os Seminários Estaduais da Base Nacional Comum Curricular.

O evento, realizado na UnB, teve a participação dos coordenadores estaduais da BNCC e auxiliares de pesquisa, indicados pela Undime e secretarias estaduais de educação, de todos os estados da federação.

A solenidade de abertura, realizada na manhã da segunda-feira (20), contou com a participação de representantes do Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação (CNE), UnB, Undime e Consed. O coordenador-geral de Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica do MEC, Ricardo Cardozo, mostrou-se otimista com o resultado que o evento de formação poderá levar para os estados. “Os seminários são uma etapa muito importante nesse processo da BNCC. Espero que a gente possa sair daqui com a metodologia mais adequada possível para que o resultado desse trabalho seja um documento ainda melhor”.

A Undime, representada pela Dirigente Municipal de Educação de Itaúna (MG) e presidente da Undime Minas Gerais, Maria Virgínia Moraes Garcia, reiterou a importância da união dos dirigentes municipais e estaduais de educação para a garantia de uma educação de qualidade de norte a sul do país. "O documento da Base é um trabalho de muitas pessoas, de muitas mãos. Graças a esse envolvimento, hoje estamos com um documento de muita qualidade, que realmente vale a pena”.

Durante a realização dos seminários estaduais a proposta é que os 26 estados e o Distrito Federal reúnam professores, estudantes e profissionais da educação para discutirem a segunda versão do documento, a fim de aperfeiçoá-la. Para o representante do Consed, secretário de Educação do Distrito Federal, Júlio Gregório, é preciso buscar um equilíbrio no sentido de assegurar que a Base Nacional Comum Curricular não sufoque as possibilidades da diversidade do país. “Não pode ser tão pequena que não assegure o básico que desejamos para todos os alunos do Brasil, e nem tão grande que sufoque a parte diversificada que caracteriza o município, o estado e as várias regiões do país”, ponderou.

Para o secretário executivo do Conselho Nacional de Educação, Rodrigo Lamego, há uma expectativa muito grande por parte do CNE, que espera acompanhar os seminários de perto, como observador, visto que cabe ao Conselho a revisão final do documento. O reitor da Universidade de Brasília, professor Ivan Camargo, reconheceu a relevância e a dificuldade da deste trabalho da BNCC para o Brasil. “É preciso muita sensibilidade e cuidado para pensar na formação ampla de todos os nossos estudantes. Temos que estar aptos para ouvir e não fazermos um trabalho de engessamento do nosso currículo. Precisamos de flexibilidade para tornar o ensino agradável e bom para todo mundo”.

Durante o evento, os participantes tiveram acesso a uma proposta de metodologia sugerida para os seminários estaduais e discutiram os procedimentos para a sua realização. No primeiro dia foram tratados temas como a apresentação da estrutura da Base, textos introdutórios e áreas do conhecimento. Além desses temas, leitores críticos do documento participaram de mesas para discutir as áreas do conhecimento e as etapas da educação referentes à segunda versão da Base.

Nos seminários estaduais da BNCC, os participantes terão a oportunidade de aprofundar as discussões do documento e sugerir alterações ao texto. Após a realização destes seminários, Undime e Consed irão sistematizar as contribuições e elaborar um relatório que será entregue ao MEC até o fim do mês de agosto.