Rondônia
02.12.2025
A participação de familiares como staff tem sido um dos principais diferenciais da delegação de Rondônia durante as Paralimpíadas Escolares 2025, encerradas nesta sexta-feira, 28 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Nesta edição, o estado levou a maior delegação de bocha adaptada de sua história, composta por 12 atletas, além de competidores na natação e no tênis de mesa. No segundo bloco da competição, Rondônia também participou de disputas em outras modalidades, ampliando a representatividade do estado no evento.
Entre as famílias participantes está Alcione Souza, mãe de Luis Felipe, 11 anos, do distrito de Jacy-Paraná e estudante da Escola Cora Coralina. Esta foi a primeira viagem de avião da família e a estreia do atleta nas Paralimpíadas Escolares, após seis meses de treinamento. De Rolim de Moura, também compõem a delegação os irmãos Matheus Augusto, 17 anos, e Gabriel Melges, 13 anos, da Escola Aluizio Pinheiro Ferreira. Ambos iniciaram na bocha adaptada este ano, treinam diariamente com a mãe, Leonice Melges, e contam com o apoio da avó, Doralice Melges, que atua no staff da delegação. Também integra a delegação o estudante Thaylon Emanuel, 14 anos, de Corumbiara, atleta do tênis de mesa, que conquistou medalha de bronze na dupla com São Paulo e ouro no individual. Ele participa do Joer desde 2023, está em sua segunda participação nas Paralimpíadas Escolares e estuda na Escola São Roque. A mãe, Sueli Gama, afirmou que o filho está bastante motivado desde que começou nos jogos e que se tornou uma verdadeira estrela no município de Corumbiara.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou que a participação das famílias fortalece o ambiente de acolhimento e inclusão. Ele afirmou que o envolvimento dos responsáveis representa apoio emocional e segurança, contribuindo para que os estudantes vivenciem a competição nacional com confiança e motivação.
O chefe da delegação de Rondônia, Zairton Alves, explicou tecnicamente a bocha adaptada, destacando que se trata de um esporte de estratégia que envolve posicionar as bolas o mais próximo possível da bola-alvo, chamada jack. De acordo com ele, a modalidade exige precisão, habilidade motora refinada, controle de força, leitura espacial e tomada de decisão a cada jogada. Zairton destacou que a participação das famílias como staff foi essencial para garantir organização, apoio e tranquilidade aos atletas. Ele ressaltou ainda que esta edição marcou um avanço importante para o estado, com participação simultânea na bocha, natação, tênis de mesa e demais provas do segundo bloco.
A experiência também deixou marcas emocionantes entre os familiares. Alcione relatou que tudo foi intenso e surpreendente. Ela afirmou que é tudo incrível e ao mesmo tempo assustador e que ficou tensa porque, na função de calheira, não podia torcer conforme as regras da modalidade. Para ela, acompanhar o filho na competição foi uma vivência única.
Leonice Melges, que supervisiona e conduz o treinamento dos dois filhos, também destacou seu orgulho. Ela afirmou que é uma honra acompanhar os meninos e que, mesmo com a rotina corrida, faz questão de estar presente nos treinos. Matheus, o filho mais velho, contou que treinar com a mãe é especial e que ela tem bastante paciência.