Fábrica Social entrega 3 mil máscaras de tecido para doação a idosos

Distrito Federal

04.05.2020

Entrega foi feita pela Secretaria de Educação à pasta da Justiça, que fará a distribuição

A Secretaria de Educação entregou, nesta quinta-feira (30), três mil máscaras de tecido à Secretaria de Justiça e Cidadania. O produto compõe 1,5 mil kits que serão entregues a idosos carentes do Distrito Federal. Os kits, montados pela Fábrica Social, são compostos por uma bolsa de pano e duas máscaras, ambos confeccionados pela Fábrica, e álcool em gel e produto de higiene bucal que foram doados por empresários. A entrega foi feita pelo secretário de Educação, João Pedro Ferraz, para a titular da Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

João Pedro Ferraz agradeceu a parceria com a Justiça e elogiou o trabalho realizado pela Fábrica Social. “Isso é muito mais uma fábrica de cidadania e de solidariedade do que de máscaras ou de vestuário. É uma fábrica para construir cidadãos”, comentou. “Estamos empenhados em ajudar o governo a sair dessa epidemia com o menor dano possível”, ressaltou.

O secretário agradeceu ainda aos envolvidos no processo de produção e deixou um recado a eles. “Vocês não estão costurando máscaras, estão aqui ajudando a combater uma pandemia, ajudando os mais necessitados, a população e o GDF a minimizar a dor e o sofrimento das pessoas nesse momento”, comentou.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, também agradeceu a parceria e afirmou que os kits serão distribuídos aos idosos do programa de hotelaria solidária da pasta, aos cadastrados no centro de convivência e nas instituições de idosos de longa permanência.

“Precisamos cuidar dos nossos idosos, dos nossos grupos de risco. É um momento em que a gente precisa se unir. Juntos, podemos fazer a diferença em um período tão difícil de pandemia enfrentado na nossa cidade. Tenho tido momentos muito felizes vendo as pessoas sendo tão solidárias. Isso nos dá uma alegria no coração e uma satisfação no governo de estarmos fazendo a diferença na população”, disse.

No total, incluindo as que compõem o kit, a Fábrica já produziu 26 mil máscaras de tecido, que já foram entregues a órgãos públicos e estão sendo distribuídas à população. A Fábrica entregou 14 mil máscaras cirúrgicas para a Secretaria de Saúde, de forma a manter o estoque de equipamentos de proteção individual, contribuindo, assim, com a saúde dos profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.

A subsecretária de Integração de Ações Sociais, Thereza de Lamare Franco Netto, destacou a atuação da Fábrica Social nesse momento de pandemia. “Nossas alunas têm sido guerreiras e destemidas nessa produção. Nós temos uma satisfação muito grande em poder prover a sociedade, nossos servidores com as máscaras. Isso não tem preço, é de um valor inestimável”, comentou. “O retorno das atividades da Fábrica foi fundamental para que a gente pudesse, em uma atividade essencial, estar suprindo essas necessidades em um momento que vemos muitas dificuldades do acesso de máscaras”, avaliou.

Geração de renda

O programa tem sido benéfico tanto para os que recebem os produtos, quanto para quem os produz. Cerca de 140 alunos que trabalham na Fábrica Social têm conseguido gerar renda no final do mês. Além do auxílio alimentação e transporte, eles recebem pela produtividade. Para cada máscara cirúrgica produzida, os alunos recebem R$ 0,50. Para as de tecido, o valor é de R$ 0,25. A renda ao final do mês pode chegar a até R$ 800, dependendo da produtividade.

A aluna Raniely Moreira está na Fábrica Social há um ano e seis meses e afirma que, neste período de produção emergencial das máscaras, o trabalho está sendo gratificante. “Estamos contribuindo para evitar a contaminação do vírus e, de certa forma, estamos salvando vidas”, afirmou. “Aqui somos uma equipe. Professores, alunos, pessoal da limpeza. Não adianta ter só os alunos se não tiver o resto do pessoal. Sem essas pessoas, não seria possível alavancar esse trabalho”, comentou.

Saiba mais:

Fábrica Social entrega oito mil máscaras cirúrgicas para Secretaria de Saúde.

Por Rayane Fernandes, Ascom/SEEDF