Sergipe
19.10.2020Os estudantes Altieri Silva Santos, do Colégio Estadual João Dias Guimarães, situado em São Francisco, e Pedro Luiz Feitosa dos Santos Júnior, do Centro de Excelência Vitória de Santa Maria, unidade que oferta o ensino médio em tempo integral, de Aracaju, conquistaram a primeira e segunda colocações, respectivamente, no Concurso Internacional Juvenil de Arte para a Justiça Social dos EUA. A competição estudantil contou com 216 inscritos de vários países, cinco dos quais se destacaram com a confecção de peças artísticas visuais que representassem alguma questão social.
Com obras que impactam o espectador de maneira significativa, os estudantes sergipanos demonstraram muito talento na execução dos trabalhos. Orientado pela professora Irmerina Oliveira de Santana, o aluno Altieri Silva, com sua ilustração feita a mão, buscou inspiração nos impactos ambientes que ocasionam o aquecimento global. Já o jovem Pedro Luiz, que recebeu orientação da professora Maria Carneiro, por meio da fotografia “Não ao Silêncio”, retratou a violência contra a mulher e comunidade LGBTQI+.
Para o estudante Altieri Silva, uma de suas maiores realizações com esse reconhecimento internacional é ver o nome da sua escola em destaque. “Estou imensamente feliz. Foi muito satisfatório participar desse processo, principalmente pela importância de pesquisar, buscar entender a situação e poder reproduzir na obra. Tentei representar o tema escolhido de uma forma ampla. Usei como base da ilustração a ampulheta, que representa o tempo, e como isso nos afeta. Também tentei mostrar como nossas ações podem nos prejudicar e prejudicar tudo ao nosso redor, animais como o urso polar que depende das geleiras, que, no momento, estão derretendo rapidamente em virtude do aquecimento. Na parte de baixo representei a poluição, que contribui para o aumento do aquecimento, prejudicando todos nós”, declarou.
Emocionado com a conquista, Pedro Luiz não esperava esse resultado. Segundo ele, tudo ocorreu de última hora, tanto o desenvolvimento da ideia quanto a produção da fotografia. “E felizmente deu tudo certo. A arte da fotografia representa duas grandes injustiças sociais: o feminicídio e a transfobia. A proliferação desses tipos de violência é confirmada pelas estatísticas que apontam índices alarmantes nesse período de isolamento social em decorrência da pandemia. A arte da fotografia na filosofia dos espaços grita por igualdade e respeito”, desabafou o jovem, militante das causas sociais.
O terceiro lugar foi dividido entre três estudantes: Maria Eduarda Aragão, da Ação Fraternal de Itabuna, Bahia; Manoela Moura, Escola das Nações, Brasília; e Wesley Sterbach, do Colégio Shawnee Mission West, Kansas, Estados Unidos.
Os jovens serão premiados em dinheiro da seguinte forma: 1º lugar: R$ 1.000,00; 2º lugar: R$ 600,00; e 3° lugar R$ 300,00. Para conferir as obras dos vencedores, basta acessar o site do concurso: http://www.sjcinitiative.org/portugues.