Estudar fora do país, fazer um curso, ou apenas uma viagem internacional é um sonho de muitos jovens brasileiros, haja vista a possibilidade de aprimorar o currículo e, assim, agregar a ele uma experiência que só tende a engrandecer e atrair novas oportunidades. No entanto, os custos com transporte, alimentação, moradia e demais gastos impedem que muitos jovens consigam realizar esse sonho.

O Programa Jovens Embaixadores tem feito com que esse sonho seja realizado para vários estudantes da rede estadual de ensino. Coordenado pela Embaixada e Consulado dos Estados Unidos e implementado pelo Grupo +Unidos, o programa selecionou quatro estudantes em Minas e 46 em todo país, para participar da próxima edição.  

Lyvia Rezende, de 16 anos, de Rio Paranaíba, região do Alto Paranaíba, é uma das selecionadas. Estudante do ensino médio da Escola Estadual Dr. Adiron Gonçalves Boaventura, ela irá pela primeira vez aos Estados Unidos. “A notícia foi tão surpreendente que eu nem acreditei. Conferi várias vezes para ter certeza que tinha mesmo sido selecionada. Foi a primeira vez que me inscrevi e estou muito feliz.” 

A viagem vai proporcionar aos estudantes brasileiros selecionados uma imersão na cultura, com a oportunidade de aprimorar o inglês, bem como conhecer pontos turísticos e culturais, começando pela capital do país, Washington DC, onde estão localizados, por exemplo, a Casa Branca e o Capitólio.

Portas abertas para o futuro

O Programa Jovens Embaixadores também leva em conta o aspecto social para a seleção dos alunos, levando em conta atividades sociais em que o estudante esteja envolvido. Este é o caso da estudante Kátia Silva Souza, da Escola Estadual Demerval Moura de Almeida, em Rio Preto, que além de ser uma excelente aluna nas disciplinas regulares, ainda demonstra interesse pelas causas sociais na sua cidade, atuando em um projeto voltado a crianças e também como voluntária em um asilo.

A estudante conta que esses trabalhos trazem grande alegria, além de contribuírem para sua formação como cidadã. “Eu nunca nem saí do Sudeste do país, e agora estou indo para os Estados Unidos. Quero muito conhecer tudo que eu puder, como a sede da ONU em Nova York, por exemplo. Acho que essa oportunidade vai ser fundamental para mim. Ser uma ‘jovem diplomata’ vai impactar diretamente no meu futuro.”

Este também é o caso do jovem Filipe Oliveira, de 17 anos, da Escola Estadual Professora Ana Letro Staacks, em Timóteo, no Vale do Aço. O estudante, que pretende seguir carreira na medicina, está vibrando com a oportunidade. “Meu objetivo é me tornar médico no futuro. Acredito que o programa Jovens Embaixadores me proporcionará oportunidades únicas para desenvolver habilidades interpessoais, empatia e um senso de responsabilidade social. Por meio das iniciativas de impacto social do programa, pretendo aprimorar meu entendimento da importância da empatia na prática médica e, assim, construir uma base sólida para futuras oportunidades na área da saúde”, conta.

Já o jovem Pedro Soares, de 18 anos, do IFTM Campus Uberlândia Centro, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, avalia que a persistência foi fundamental, já que esta foi a sua segunda tentativa. “Ano passado eu não tinha conseguido chegar até a fase da entrevista, então nesse ano, quando passei dessa etapa, já me senti muito feliz. Quando eu descobri que passei, foi uma felicidade imensa”, conta.

O aluno do ensino médio relata que já conheceu alguns estados no Brasil e o programa agora vai trazer uma experiência nova. “Minha principal expectativa é conhecer a cultura do exterior. Penso que vai ser um momento de bastante aprendizado para poder voltar para o Brasil com um conhecimento internacional.”

Na avaliação da coordenadora do programa na Secretaria de Estado de Educação, Kátia de Laura Borges, “iniciativas como essa oferecem uma imersão profunda em uma língua e cultura estrangeira, oportunidades para crescimento pessoal e profissional e desenvolvimento de várias habilidades socioemocionais como empatia, flexibilidade, responsabilidade, proatividade, respeito à diversidade”.

Kátia reforça que o Programa é uma chance única na vida de jovens do ensino médio. “O Jovens Embaixadores ainda proporciona uma experiência única de os estudantes selecionados ocuparem o papel de um embaixador e conhecerem problemas de comunidades de diferentes lugares do mundo, discuti-los, pensar soluções para eles e, quando voltarem para os locais de origem, colocarem em prática ideias e proposições discutidas durante o Programa”, finaliza.