dia do professor
17.10.2016A prática cotidiana do professor influencia na atitude dos estudantes. O hábito do exercício físico, o oferecimento de recreação, a apreciação pelas artes e o gosto pela matemática podem contribuir para a escolha da futura ocupação profissional.
A adequação das práticas docentes e o tratamento que o professor dispõe sobre elas são importantes para despertar nos estudantes a vontade e o prazer em participar das aulas e até mesmo desejar seguir a profissão docente.
É o que acontece com Kessia Mesquita Pereira, 15 anos, estudante da primeira série do ensino médio, no Colégio Estadual Criança Esperança em Palmas. “Tenho vontade de ser professora de educação física, por ver minha professora Lenita do Couto interagindo com os alunos. Ela tem muitos anos de profissão e continua bem disposta, além de ter uma saúde perfeita, é o que parece”, resume.
A professora Lenita do Couto, que ministra aula de educação física no Colégio Criança Esperança, ficou surpresa por despertar em sua aluna a vontade de ser professora. “Sempre fui defensora da educação física por acreditar que ela contribui com a formação do ser humano, além de, por meio do esporte, melhorar a saúde e a condição social das pessoas”, afirma.
Outra estudante que se inspira nas aulas de sua professora é Elivânia dos Santos Silva, também aluna do ensino médio no Colégio Criança Esperança. “A maneira como minha professora retrata o ensino de arte me chama a atenção. Ela utiliza textos e imagens nas aulas e a forma como ela explica é muito interessante, por isso me espelho nela,” enfatiza.
As atividades da área de arte e de educação física podem contribuir para a melhoria do comportamento social. Para Elivânia, “a arte pode tirar muitas pessoas do mundo das drogas, com a inserção de projetos sociais. Quando eu for professora, quero contribuir com a melhoria da sociedade”, pondera.
Para Vânia Maurício, professora de arte no Colégio Criança Esperança, “o trabalho com arte é interdisciplinar, não há como se isolar porque é preciso ler muito sobre assuntos diversos, pesquisar, visto que arte não se limita a um único campo, ela pode ir desde um simples desenho a uma pesquisa mais aprofundada”, explica, enfatizando que toda profissão vale a pena, contanto que se encare esta escolha com seriedade e respeito. “Tudo que se propõe a fazer deve ter um motivo, as aulas de arte também funcionam assim”, conclui.
A área de exatas também chama a atenção. A Ana Clara de Melo, 14 anos, cursa o 9º ano no Colégio Estadual São José em Palmas, e quer ser professora de matemática. A inspiração vem de sua tataravó. “Ela ensinava as pessoas, ela sabia pouco, mas mesmo assim ensinava. Ela era professora. Eu já ensino matemática para estudantes do 6º ao 9º ano em casa, em aula particular, e também em grupos de estudo, formados por colegas. Gosto muito de aprender e quero ensinar também. Quero melhorar o mundo cada vez mais e isso será possível sendo professora”, defende.
Ana clara vem de uma família constituída de muitos professores: tataravó, avó, mãe e tios. No Colégio São José, ela acompanha constantemente Lillia Aparecida Carneiro Souza, educadora há 19 anos. Para Lillia Carneiro, o professor deve passar por todos os espaços dentro de uma escola. “Eu já fui formadora de professores, secretária de escola e também diretora. Gosto de trabalhar com professores, devido à troca de experiência, que acontece entre os colegas. Mas sinto-me bem é ministrando aulas de matemática. É o que eu mais gosto de fazer, porque sinto que tenho sucesso nessa atividade e isso me realiza”, comemora.