Educação Integral
16.09.2020Para ensinar na prática a prevenção contra o Covid-19 aos estudantes indígenas do Colégio Estadual Indígena Cacique Gregório Kaekchot, na cidade de Manoel Ribas, na região central do Paraná, professores desenvolveram o ‘Projeto do Sabão’, que além de explicar a importância da correta higienização das mãos, ainda ensina aos estudantes a produzirem seu próprio sabão. A iniciativa é desenvolvida na Terra Indígena Ivaí.
A ideia surgiu de uma roda de conversa sobre educação escolar nas comunidades indígenas, como explica a professora Auria Nack. “Na ocasião eu fiquei pensando no que eu poderia fazer na minha disciplina, já que sou professora de biologia e química. Pensei em algo que que daria para abordar nesse momento de isolamento social que nós estamos vivenciando, algo útil que a comunidade poderia utilizar na vida deles”.
União de todos por uma ação - Este projeto envolve turmas desde a Educação Infantil até o ensino médio, como apontado por Patrícia Betelli, diretora do Colégio. Os professores elaboraram apostilas com atividades e instruções voltadas ao ‘Projeto do Sabão’, reforçando questões como Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Os professores também realizaram explicações dos conteúdos através de vídeos e áudios e disponibilizaram todo este conteúdo aos alunos.
O sabão foi feito e distribuído às famílias da Comunidade da Terra Indígena Ivaí, com o intuito de conscientizar sobre a prevenção do Covid-19 através da higienização das mãos. “O objetivo geral do projeto é conscientizar a comunidade escolar sobre a necessidade de reutilizar o óleo de cozinha para amenizar os impactos causados na natureza quando descartado de forma errada. E também é uma alternativa para ajudar na prevenção do Covid-19”, reforça Auria.
Em termos de aceitação, o projeto tem sido um sucesso. A pequena Dayannara Brum, da Terra Indígena Ivaí, tem apenas 8 anos e gostou bastante do aprendizado. “O sabão é importante para nós, temos que usar todos os dias. Tem vírus em qualquer lugar, então temos que nos proteger”. “O projeto foi interessante pois aprendemos a descartar o óleo da forma adequada, e também tem bastante conteúdo útil nas apostilas” reforça Salésio Ninvaia, aluno do 3° ano do Ensino Médio da comunidade