Estudantes e professores mantém ritmo de estudos para a Olimpíada de Matemática

Alagoas

23.04.2020

O Corona Vírus mudou a rotina do planeta. No meio educacional, não foi diferente e escolas, professores e estudantes precisaram se adaptar para manter o foco no aprendizado. Isso também vale para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), uma das principais olimpíadas de conhecimento do país. Em comunicado no seu site oficial (www.obmep.org.br), a organização da competição garantiu que a edição 2020 não será cancelada e que o calendário será alterado de forma que todos possam participar com segurança.

Gabriela na premiação da Olimpíada Alagoana de Matemática fotos Ana Paula Lins 334

Paralelamente a esta situação, a organização da olimpíada oferece diversos conteúdos digitais para que os estudantes possam continuar focados. Isso inclui videoaulas no Youtube, banco de questões, provas anteriores e o Portal do Saber. Todos podem ser acessados no site oficial da OBMEP.

Números – Segundo informações do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), órgão responsável pela organização da olimpíada, 17.729.451 alunos de 51.932 escolas municipais, estaduais, federais e privadas foram inscritos na competição. De acordo com o IMPA, isso representa 99,84% dos municípios brasileiros, seis a mais do que em 2019.

Em Alagoas, 330.199 alunos de 809 unidades de ensino estão cadastrados para participar do evento. “Tivemos inscritos nos 102 municípios alagoanos e adesão de 100% das escolas da rede estadual com turmas do 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio”, informa o coordenador da OBMEP em Alagoas, Professor Adelailson Peixoto, do Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (IM-Ufal).

Adelailson Peixoto coordenador da Obmep fotos Valdir Rocha 14

Interação – Enquanto aguardam novidades sobre o calendário da olimpíada, estudantes e professores seguem focados no seu preparo para a competição, fazendo uso de material didático digital e mantendo contato pelas redes sociais.

Geraldo Ferreira e Erisvaldo Pedrosa são, respectivamente, professores das escolas estaduais Fernandes Lima e Padre Cabral, ambas em Maceió. Cada um, à sua maneira, faz com que seus alunos permaneçam centrados nos estudos.

Geraldo Ferreira Escola Fernandes Lima foto Valdir Rocha 20

“O trabalho não parou. Estamos interagindo via Google Sala de Aula e nos comunicando pelo Hangouts Meet”, conta Geraldo Ferreira. “O próprio portal da OBMEP oferece uma série de recursos para o estudantes se prepararem em casa e criarem seu roteiro de estudos. Fora isso, fico à disposição para auxiliá-los”, fala Erisvaldo.

Williane Ferreira, professora da Escola Estadual Margarez Lacet, também explica como está sua interação com os alunos. “Estou utilizado ferramentas como Telegram, Instagram e o Google Forms para minhas aulas. Lá posso, por exemplo, posso lançar problemas de matemática. A ideia é permitir que o aluno desenvolva atividades de maneira ativa, crítica, desenvolvendo raciocínio, resolvendo problemas”, explica Williane.

Williane da Escola Margarez Lacet Fotos Valdir Rocha 753

Além disso, os medalhistas da edição 2019 participam das atividades do Programa de Iniciação Científica Jr (PIC) promovidos pela Ufal. As aulas, que ocorriam nos polos Maceió e Arapiraca, agora são à distância. “Também estamos com o curso de pensamento computacional, programação e aplicações à Matemática”, complementa o Professor Krerley Oliveira, coordenador do PIC.

Focados – Os estudantes permanecem focados para a prova como também em suas tarefas escolares. Aluno de Erisvaldo e medalhista de ouro da OBMEP e da Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM) em 2019, João Victor Silva dos Santos dá a dica de como estudar neste período de quarentena.

João Victor premiado com ouro na Olimpíada ALagoana de Matemática fotos Ana Paula Lins 207

“A internet tem ajudado bastante. Recomedo muito o portal da OBMEP, que tem videoaulas, jogos, testes e material didático. Também uso apostilas, livros e resolvo questões, pois não adianta estudar sem treinar”, frisa João, estudante do 8º ano da Escola Estadual Padre Cabral.

Gabriela Barbosa Souza, bimedalhista de bronze das edições 2018/2019, também fala de sua experiência. “Na minha opinião, a organização é um ponto crucial para manter uma rotina de estudos. Relembrar de cada um dos meus objetivos e estabelecer o que tem que ser feito para que eu possa alcançar cada um deles me ajuda muito a manter o foco. No caso da OBMEP, também busco resolver questões de provas anteriores”, relata a garota, aluna da 2ª série do ensino médio da Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios e bronze na OAM 2019.

Gabriela focada nos estudos em Palmeira 2 foto cortesia

Buscando sua primeira medalha, as estudantes Ana Clara Melo e Mayara Lins, alunas do professor Geraldo no 7º e 8º anos da Escola Estadual Fernandes Lima, não descuidam da rotina de estudos. “Uso os próprios materiais oferecidos pelo site da OBMEP e, quando tenho dúvidas, falo com o professor pelas suas redes sociais, onde ele nos responde por mensagens de texto ou vídeos explicativos”, conta Mayara.

Ana Clara focada nos estudos foto cortesia

Situação similar à de Ana Clara. “Conteúdo não falta para estudar e estou aproveitando o isolamento para colocar a matéria em dia. Além dos materiais do portal da OBMEP, o professor Geraldo criou um grupo de Whats App para conversarmos. Também interagimos pelo Google Sala de Aula, onde recebemos questões e vídeos”, destaca Ana Clara.