Pará
04.03.2024“Uh, é Pavulagem, Uh, é Pavulagem”. Esse foi o grito de garra que os estudantes da equipe Pavulagem entoaram ao finalizar a participação no Torneio Sesi de Robótica First Lego League, realizado em Brasília, no Distrito Federal, neste último sábado (2). Foram dias de protagonismo, aprendizado e trabalho para equipe com os únicos representantes de escolas públicas do Pará, no maior evento de robótica do país.
"É um orgulho imenso saber que nossos estudantes estão alçando voos cada vez mais altos a partir de uma atuação de excelência dos nossos professores, aqui especialmente o professor Rafael. A equipe Pavulagem representou a todos os estudantes do Pará que, sem dúvidas, vão se inspirar com a conquista e desenvolver iniciativas tão incríveis quanto. Temos estudantes e uma equipe capaz de ir além. Eles retornam agora, a Belém, com uma bagagem única, possível graças ao esforço e dedicação de cada um deles. Esse é só o começo! Seguimos, juntos, avançando”, disse Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação do Pará.
Nesta edição, houve o aumento na participação de equipes de escolas públicas e Organizações Não Governamentais (ONGs) no torneio nacional, que chegou a 35 inscritos. “Poder representar o Pará neste evento é incrível, ainda mais representar as escolas públicas. Usando sua capacidade você tem poder de chegar onde muitas escolas particulares chegam. Acredito muito na equipe e que demos o nosso melhor. Estou muito feliz e realizada por concretizar esse sonho”, disse Maria Eduarda Barbosa, integrante da equipe Pavulagem.
O intercâmbio cultural foi uma das experiências mais intensas para os participantes. As trocas ocorreram nas arenas, nos pits e nos corredores e as interações foram diversas: de uma conversa casual a um foto despretensiosa; da substituição de peças e ferramentas para melhorar o robô até danças conjuntas em diferentes ritmos.
“Foi uma troca de experiência muito grande, onde trocamos redes sociais, conversamos sobre diversos assuntos, alguns deles até deram ideia sobre o nosso robô e aprendemos com eles também, fizemos alianças com pessoas do Rio de Janeiro e foi muito bom. Eu fiquei muito feliz de ter participado, mas triste porque o evento acabou, mas independentemente disso sempre vou guardar na memória”, Thayla Moraes, integrante da equipe Pavulagem.
Os competidores projetaram, montaram e programaram robôs autônomos, que executam uma série de tarefas durante partidas de dois minutos e meio. A disputa ocorreu em uma arena de competição que reflete o tema de um problema do mundo real. Antes de entrar nas arenas para competir, os estudantes podiam realizar treinos dos desempenhos de robôs montados com peças de Lego.
“A nossa maior dificuldade foi o nível da competição, são os melhores do Brasil, tem equipes muito boas, tivemos problemas com nosso robô e ainda pouco tempo para treinar, mas se participamos desse evento foi pelo esforço de cada um”, destaca Gabriel Oliveira, integrante da equipe Pavulagem.
Além da avaliação das quatro provas, os estudantes participaram também do Desafio de Aliança. Por meio de um sorteio, a organização do festival uniu dois grupos para que juntos cumprissem as missões da mesa. O objetivo foi promover a interação entre os jovens, a parceria na resolução de problemas e o intercâmbio de conhecimentos.
Empolgada e com foco em futuras competições, a jovem comenta a experiência. “Em quatro dias de torneios aprendemos muita coisa com outras equipes, interagindo, além de como elaboramos o nosso projeto e o nosso design do robô, aprendemos com o Core Values o trabalho desenvolvido com outras equipes e conosco. Quando retornarmos a Belém, pretendemos aprimorar o nosso robô para que possamos ajudar também outras equipes”, disse Jessica Aguiar, integrante da equipe Pavulagem.
Habilidades e competências para o futuro - O professor da rede pública estadual de ensino do Pará Rafael Herdy, que atua no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), está à frente de iniciativas pioneiras para a incorporação de tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.
“Aqui nossos alunos tem a oportunidade de estudar ciência e tecnologia. Engenharia, arte e matemática de forma prática e, com isso, desenvolver habilidades de várias disciplinas em sala de aula. Isso facilita muito porque eles conseguem desenvolver conceitos com mais facilidade. Pela terceira vez estamos em um evento de nível nacional, isso mostra a consistência da equipe e um bom trabalho que vem sendo desenvolvido em todos esses anos. Como professor, me sinto muito orgulhoso por proporcionar essa experiência para os alunos, que retornam com a bagagem recheada de experiência”, conta o professor.
Além dos momentos de diversão e competição, a edição proporcionou às equipes que participaram a montagem de suas próprias medalhas, com peças de Legos. Eufóricos, eles juntaram as peças com muito orgulho.
O Torneio de Robótica First Lego League Challenge desafiou estudantes de 9 a 15 anos a buscar soluções para problemas do dia a dia da sociedade moderna. Os temas são diferentes a cada temporada. Nesta edição, mais de 2 mil estudantes de escolas públicas e particulares desembarcaram em Brasília depois de meses dedicados à programação e à construção de robôs e de miniaturas de carros de Fórmula 1.
Texto de Bianca Rodrigues / Ascom Seduc