Cumprindo o desafio do programa Estudantes de Atitude, a comunidade escolar do Colégio Estadual Moysés Pereira Peixoto, da cidade de Anicuns, arrecadou mais de R$ 11 mil por meio de doações e venda de rifas e sanduíches para a construção, na escola, de uma Biblioteca, um jardim e uma horta. A escola mobilizou mais de 500 pessoas, entre vizinhos, estudantes, pais, professores e servidores, dentre os quais 300 alunos do colégio.

A diretora da unidade, Samya Alcântara, contou que a necessidade da obra foi apontada em Auditoria Cívica, entregue pelos estudantes em outubro. O documento é um relatório que analisa e identifica os problemas da unidade escolar, escrito pelos próprios alunos, a partir do qual os estudantes elaboram um plano de ação.

Segundo a diretora, havia uma Biblioteca na escola antes, mas com o aumento do número de alunos em 2019, o espaço teve de ser convertido em sala de aula. “Os alunos sentiram falta. Então eles logo apontaram isso”, comentou.

Protagonismo e iniciativa

Sobre a iniciativa da comunidade de arrecadar o dinheiro para a realização das obras, a gestora explicou que essa seria uma solução mais simples e ágil do que a abertura de um processo de licitação. “É uma forma mais rápida. Até porque quando se tem apoio da comunidade é muito mais fácil”, reconheceu a diretora.

Toda a construção foi feita em um mês. Além dos pedreiros contratados, pais e funcionários da escola ajudaram no serviço. O material foi adquirido por doações e por compras usando o dinheiro arrecadado pela escola.

Espaços essenciais

Os três novos espaços são essenciais para a comunidade escolar, de acordo com a gestora: “Eles precisam da Biblioteca para leitura e pesquisa. Tudo na escola envolve a Biblioteca. A horta é o nosso lanche, enrique a nossa alimentação. E o jardim é um espaço verde para deixar a escola um lugar mais agradável”.

O programa

Lançado em setembro deste ano pela Secretaria de Estado de Educação e a Controladoria-Geral do Estado (CGE), o Estudantes de Atitude pretende instigar na comunidade escolar o protagonismo cidadão, o sentimento de pertencimento à escola e o compromisso com a manutenção do patrimônio público.

Constituído de duas partes, a Auditoria Cívica e a realização do Plano de Ação, o projeto irá premiar, ao final, as dez escolas melhores classificadas. Os prêmios são recursos que variam entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, de acordo com a posição alcançada.