Rômulo Amorim, Roniel Vilela e Kelvia Jamilly foram os três estudantes da Rede Pública Estadual de Educação do Piauí que se tornaram finalistas da 15ª Olimpíada Nacional de História do Brasil. Cursando a 3ª série do Ensino Médio no Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Raldir Cavalcante Bastos, localizado na zona sudeste de Teresina, os alunos representaram o estado na fase final da olimpíada que reuniu, nos dias 26 e 27 de agosto, mais de 1,1 mil estudantes do Ensino Fundamental e Médio de todo o país para a grande final da competição na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ao todo, 340 equipes finalistas fizeram a prova dissertativa da fase final da ONHB na manhã do último sábado (26). No dia seguinte, no domingo, foi realizado a cerimônia de premiação, contando com a entrega de certificados, medalhas de ouro, prata, bronze e cristal para as equipes que desempenharam bons resultados nas fases online e nas provas da fase final.  O momento aconteceu no Ginásio da Unicamp com a presença de autoridades, familiares e historiadores de relevância nacional.

Para o estudante e um dos finalistas da olimpíada, Rômulo Amorim, o momento foi muito gratificante e a experiência vivida jamais será esquecida. “Foi uma experiência muito enriquecedora poder estar presente na Unicamp, não só pela maneira acadêmica, mas também de modo pessoal. São muitas emoções que nós compartilhamos com pessoas de diversos estados do Brasil e, de fato, isso vai agregar muito no nosso amanhã. É muito incrível saber que nós chegamos onde estamos agora por meio da Educação, o quanto o nosso esforço valeu a pena, e o quanto todas as vezes que passamos noites em claro estudando também foram recompensadas”, declarou o estudante emocionado.

O formato de realização da olimpíada oferece aos estudantes e professores a oportunidade de discutir temas que nem sempre são abordados em sala de aula ou estão presentes nos livros didáticos. O conteúdo apresentado nas questões permeia, além da História do Brasil, assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades, entre outros.

A participação na ONHB ocorre em equipes formadas por um professor de História e três estudantes do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) ou Médio de escolas públicas e particulares. A olimpíada conta com seis fases on-lines e, em cada fase, as equipes deverão responder questões de múltipla escolha e fazer tarefas. Essas atividades podem ser realizadas com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, internet, documentos e orientação do professor.

A professora de História e orientadora da equipe finalista, Júlia Castelo Branco, acompanhou os estudantes na competição final em Campinas e comemorou o desempenho dos seus alunos. “Eles foram a equipe que teve o melhor desempenho do Piauí na Olimpíada Nacional de História do Brasil. A preparação deles foi árdua e difícil, mas tivemos o apoio de toda a escola. Os protagonistas de toda essa aventura foram os próprios estudantes. Eles desempenharam um papel fundamental no cumprimento de todas as provas e tarefas de maneira eficaz, tanto que estiveram acima da pontuação comparada a outras equipes. Destacando-se a Melhor Equipe do Estado do Piauí”, revelou a professora.

Para o secretário da Educação, Washington Bandeira, os jovens estudantes são exemplos para toda a Rede Estadual de Educação. “Que orgulho poder ver os nossos estudantes se destacando através da Educação. Estes jovens são exemplos de foco, determinação e muita dedicação aos estudos. A Educação tem um poder transformador na vida do cidadão”, comemora Bandeira.

SOBRE A OLIMPÍADA

A Olimpíada Nacional em História do Brasil é considerada o maior projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas e é desenvolvida pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de pós-graduação e de graduação.  Busca, a partir de atividades de leitura, escrita, debate e reflexão, potencializar a aprendizagem dos alunos e professores, se tornando uma importante ferramenta de ensino de História do Brasil, estimulando a análise crítica dos estudantes, contribuindo para a preparação em vestibulares, concursos e exames, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).