Paraíba
13.12.2024Estudantes da Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Dom Marcelo Pinto Carvalheira, que fica na cidade de Guarabira, sede da 2ª Gerência Regional de Educação, foram premiados na edição de 2024 da Jornada de Foguetes, que faz parte das ações da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astrofísica (OBA). No total, duas equipes da escola foram premiadas na competição, que aconteceu na cidade de Barra do Piraí, no estado do Rio de Janeiro, ao longo desta semana.
Os estudantes foram acompanhados pelo professor de Física e Projeto de Vida, José Ailton Ferreira, e também pelo professor José dos Santos Sérgio, que compõem o projeto Guardiões da Ciência. O projeto conta com 15 estudantes monitores, além de outros participantes. Na Jornada de Foguetes, duas equipes da ECIT Dom Marcelo foram contempladas. A equipe formada pelas estudantes Mirelly e Myllena receberam o troféu de campeãs; e a equipe formada pelos estudantes Kauã e Miguel receberam o troféu de menção honrosa. A competição é realizada por níveis,que variam de 1 ao 5, de acordo com os materiais usados para a confecção dos foguetes e o nível dos estudantes que participam das competições, que vão desde os Anos Iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio Técnico e Superior.
O professor José Ailton explicou como funcionou a premiação. “Nós começamos com o Nível 3, com foguetes construídos em garrafa PET, porém depois testamos o Nível 4 e foi a modalidade que competimos na Jornada, pois somos do Ensino médio, e desenvolvemos um projétil que possui uma aerodinâmica muito adaptável as rajadas de ventos da nossa região, possuindo uma estabilidade eficaz, um designer aperfeiçoado e uma resistência necessária para não perdemos materiais. Usamos um conhecimento científico de Física sobre a força de atrito, a força de empuxo, força gravitacional, força de arraste, estática (ponto de massa), pressão. E em Química, utilizamos os conhecimentos de substâncias, misturas, reações”, explicou o professor.
O envolvimento dos estudantes no projeto foi decisivo para alcançar o resultado. O professor José Ailton explicou que precisou trabalhar a motivação dos alunos participantes do projeto. “No início foi muito difícil, pois poucos estudantes queriam participar do projeto e das olimpíadas, pois tinham baixa autoestima e não acreditavam que poderiam chegar onde queriam, e acabavam desistindo. Então minha maior dificuldade era manter eles motivados, mas nunca desisti e hoje estamos mostrando o quanto vale valorizar a educação, e principalmente a educação pública. Eu amo o que faço e me realizo vendo a realização dos meus estudantes. Eu não posso fazer tudo, mas posso fazer sempre o meu melhor, pois todos merecem a chance de se sentirem valorizados, respeitados e reconhecidos pelos esforços que têm nos estudos. Aquilo que queremos conquistar pode ser difícil, mas não é impossível”, refletiu o professor.