Estudante de MS faz parte de grupo que representa o País em feira de ciências nos EUA, neste mês de maio

Intercâmbio

09.05.2019

Uma oportunidade para representar o próprio estado e todo o País em uma feira internacional. É dessa forma que a jovem Thailenny, de 16 anos, estudante da Escola Estadual Teotônio Vilela, localizada em Campo Grande (MS) encara a viagem que irá realizar na próxima semana, rumo à cidade de Phoenix, no Arizona (EUA). Neste mês de maio, ela fará parte de um grupo de estudantes de todo o mundo, reunidos para falar sobre projetos de iniciação científica em diversas áreas do conhecimento. Na última quinta-feira (02.05), acompanhada do professor orientador, Vagner Cleber de Almeida, a estudante repetiu a apresentação, premiada na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) em março. Desta vez, o público foi a equipe da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), no órgão central da pasta.

Na ocasião, a jovem falou sobre o prêmio de Mérito Acadêmico de Ciências Moleculares, recebida durante a 17ª edição da Febrace, que credenciou a estudante para participar da Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), que irá acontecer entre os dias 12 a 17 de maio, em solo Americano. Antes de seguir para o evento, a equipe da EE Teotônio Vilela ainda participa de um workshop na USP, em São Paulo (SP).

O projeto, apresentado na Febrace e que será repetido na feira internacional, é referente ao efeito alelopático da planta Leocena (Leucaena leucocephala) sobre a biodiversidade, com ênfase sobre a Lactuca sativa var. crispa (alface crespa), bem como as plantas nativas da região, Campomonesia Adamantium (Guavira) e Cecropia pachystachia (Embaúba), sob orientação dos professores Vagner Cleber de Almeida e Carlos César Gonzalez.

Conforme estudado, a planta Leocena é exótica e tem crescido de forma descontrolada. Ela foi introduzida na região de MS, na década de 40, para ser utilizada como suplementação bovina e teve crescimento descontrolado. "Há três anos estamos realizando estudos sobre características, suas propriedades e efeitos nas hortaliças em Campo Grande, bem como impacto nas plantas nativas da Guavira e Embaúba”, mencionou Thailenny Dantas Rezende, estudante do terceiro ano do Ensino Médio.

De acordo com o professor orientador, Vagner Cleber, desde que surgiu a indagação dos alunos sobre a planta que havia nas proximidades da Escola e arredores dos córregos, os primeiros estudos surgiram em 2015, foram aprofundados e continuam sendo pesquisados com intuito de diagnosticar o impacto que a planta causa nas hortaliças e plantas nativas da região. “É o primeiro prêmio desta envergadura. Estamos orgulhosos pelo reconhecimento e mais empenhados ainda em continuar com a pesquisa”, disse Vagner.

Para a viagem, a estudante receberá o apoio da organização da Febrace, pelo mérito de ter ficado na primeira colocação e representar o Brasil na Feira Internacional. Já o professor orientador, que acompanhará a estudante, recebeu o apoio do Governo do Estado, por intermédio da SED, com o custeio de passagens aéreas e diárias para o mesmo período.