Estudante de informática transforma impressora em vassoura em MT

Ciência e Tecnologia

19.10.2015

Uma aluna do curso técnico em informática da Escola Estadual Desembargador Milton Armando Pompeu de Barros, em Colíder, a 648 km de Cuiabá, criou um robô capaz de recolher o lixo e limpar pisos. Patrícia Cristiane Roos, de 16 anos, que está no segundo ano do curso, desenvolveu o projeto usando uma impressora antiga e materiais que seriam descartados.

Equipamento deve facilitar a limpeza da casa, mas Patrícia é mais modesta e lembra que a máquina é apenas um trabalho escolar. Ela conta que está trabalhando na projeto há quase um ano e que uma das coisas mais importantes é lembrar que “o lixo eletrônico não deve ser descartado. Ele sempre pode ser reaproveitado”.

A máquina não teve nenhum custo, justamente por ter usado somente peças reaproveitadas, e a ajuda e o apoio dos amigos foi o que motivou a estudante a continuar com a ideia. Ela apresentou o projeto na VII Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada no Cenarium Rural, em Cuiabá, entre 6 e 8 de outubro.
A adolescente explica que a ideia surgiu após um professor exibir para a turma um filme de grande sucesso entre os jovens. "Em uma das aulas ele mostrou para a gente o filme 'Transformers'. O filme ficou na minha cabeça até que tive a ideia de construir esse equipamento", revelou.
Na produção cinematográfica, robôs vindos de outro planeta se transformam em diversas máquinas humanas, como carros, para passarem despercebidos entre nós.

Patrícia utilizou uma impressora antiga que tinha em casa para formar a carcaça do aparelho. Dentro, ela colocou algumas placas de computador para programar o equipamento. As cerdas que realizam a limpeza do chão foi confeccionada com linhas de crochê e de anzol. Para se locomover, o 'robô' utiliza rodinhas de um carro de controle remoto.

Ela afirma não ter terminado o projeto ainda, mas que já sabe as próximas alterações a serem feitas. "Devo colocar um GPS nele que servirá para mapear o ambiente em que ele será utilizado. Com isso, ele terá um programação mais exata da casa e poderá desviar dos móveis. Além disso, na ideia original ele tem um saco de lixo acoplado atrás, que é para onde vai toda a sujeira capturada", relata.

Sobre a possibilidade de lançar o produto no mercado Patrícia tem os pés no chão. "Acho que sonhar é bom. Quem sabe um dia", afirma. O equipamento, na verdade, será o trabalho de conclusão de curso (TCC) da adolescente e ela prefere ir com calma com o projeto. Ela revela que precisa entregar o produto pronto até o final de 2016.
A jovem, apesar de confessar que gosta da área de robótica, afirma que deve seguir para a área de engenharia civil no futuro.

G1 MT