As unidades de ensino da rede estadual de Educação de Sergipe que ofertam a modalidade Ensino Médio em Tempo Integral estão passando, no período de 11 a 13 de março, pela Avaliação Diagnóstica, na qual os alunos do 1º ano estão sendo submetidos a uma prova de Português e Matemática. Essa é a primeira vez que a avaliação acontece, e as provas foram produzidas e validadas por um grupo do corpo docente da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc).

De acordo com a coordenadora pedagógica do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (NGETI), Sarah Karenine, o objetivo é verificar se os estudantes que estão ingressando no 1º ano têm competências e habilidades específicas nessas disciplinas.

Ela explica que a partir dessa aplicação, cuja correção será feita pela Coordenadoria de Informática (Codin/SergipeTec/Seduc), será possível ter um banco de dados com informações sobre o desempenho do estudante que está chegando à escola de tempo integral. "Com esses resultados, a gente vai ter um mapa dos nossos estudantes por sala, por escola e por DRE. Isso é extremamente importante porque vai voltar como um conjunto de indicações de trabalho na escola. Os resultados voltarão para o Plano de Ação da escola, para o plano de aula do professor, e depois precisará se desmembrar em diversos planos estratégicos para que a gente possa atuar nos déficits que forem diagnosticados", disse.

Ainda de acordo com Sara Karenine, um conjunto de atividades chamadas de Sequências Didáticas está sendo trabalhado, com foco nas habilidades e competências que estão sendo aferidas.

Avaliação Diagnóstica

A Avaliação Diagnóstica consiste em uma prova de Português e uma de Matemática, cada uma contendo 26 questões com cinco alternativas. Na manhã desta quarta-feira, 11, os cerca de 200 alunos do 1º ano do Centro de Excelência Gonçalo Rollemberg Leite responderam atentamente às questões de Português, já sabendo que as de Matemática serão aplicadas na quinta-feira, 12. A coordenadora Maria Rosa Melo Alves destacou que a avaliação visa verificar em que nível o aluno está em termos de desenvolvimento de aprendizagem nessas duas disciplinas.

"Para a equipe pedagógica, isso é importante porque orienta o nosso trabalho. Vai observar tanto o desenvolvimento da turma a respeito de determinado conteúdo das duas disciplinas, como o desenvolvimento individual dos alunos. A gente utiliza esse resultado como indicador de defasagem para que possamos traçar novos caminhos dentro do planejamento pedagógico", declarou

A professora de Matemática, Márcia Oliveira Vieira, elogiou a iniciativa da Seduc em promover essa avaliação. "Durante o processo de ensino-aprendizagem algumas ideias e conceitos acabam se perdendo. O bom desse processo de avaliação diagnóstica é que a gente consegue perceber quais são as principais defasagens e focar nosso trabalho nesses conteúdos", disse. A professora de Português Guaraci de Santana Marques Andrade também compartilhou sua opinião. "A avaliação pode contribuir de maneira positiva porque a gente pode perceber as dificuldades e deficiências dos conteúdos. A partir desses resultados a gente pode trabalhar melhor essas deficiências, verificar o nível de aprendizagem dos alunos, avaliar o nosso sistema de ensino e ver em que a gente precisa melhorar ou modificar a nossa metodologia de ensino para aperfeiçoar nossa prática", afirmou.

Os alunos Hyan Victor Mota Anchieta e Aline Vitória Santos de Souza destacaram que a avaliação é uma ótima forma, até mesmo, de se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio. "Estamos resolvendo questões objetivas, e isso nos prepara para o Enem. Achei um pouco difícil, com textos grandes, mas foi muito bom. Essa avaliação é uma forma de a gente ver como nós estamos, o nível do conhecimento que temos", disse Hyan. "Achei essencial até porque é bom exercitar, tanto para sabermos como estão os nossos conhecimentos, quanto para nos prepararmos para o Enem. Achei bem difícil, mas gostei bastante", declarou Aline.

Nesta quarta-feira, 11, as provas também foram aplicadas no Centro de Excelência Gilberto Freire para cerca de 120 alunos do 1º ano, divididos em três turmas.