Escolas da rede estadual de ensino realizam a Semana de Prevenção às drogas

Minas Gerais

23.06.2023

Nas festas, nas rodinhas de conversas de amigos e nos mais diversos locais, o “vape”, um cigarro eletrônico, tem se popularizado como algo “descolado” e moderno entre os jovens. Sua aparência tecnológica e variados sabores trazem a falsa sensação de que são menos nocivos à saúde comparados aos tradicionais cigarros convencionais. Pensando em disseminar informações científicas e recomendações de entidades médicas, a Semana Estadual de Prevenção às Drogas, que este ano ocorreu de 19 a 23 de junho em toda a rede estadual de ensino mineira, trouxe às escolas o diálogo a respeito do tema. O asunto foi abordado por diferentes metodologias, de acordo com as etapas de ensino.

“Por haver a comercialização de forma extensa, os estudantes não entendem que seja uso de drogas, por achar que é lícito. A abordagem trouxe a eles, sobre o vício, o uso maléfico para a saúde e, principalmente, os estudos científicos sobre tais produtos, mostrando inclusive que a Anvisa não regulamenta o cigarro eletrônico. A ideia das ações é fazer o aluno entender as negativas do uso e consumo desses tipos de substâncias”, ressalta o diretor da EE Cônego  ngelo, Horácio Vitor Junqueira, de Ituiutaba. A unidade realizou rodas de conversas e atividades multidisciplinares.  

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) enviou à rede, material de apoio e informativo para o desenvolvimento das atividades, conforme consta no calendário escolar letivo. O foco para as ações foram o ensino fundamental II e o ensino médio. Este ano, o tema principal foi a prevenção aos cigarros da moda: narguilé, cigarro eletrônico e cigarro de palha. 
 
O documento enviado às regionais de ensino continha nota técnica sobre a prevenção ao uso do cigarro eletrônico, além dos Cadernos Temáticos e Guias de Bolso do Programa Saúde na Escola (PSE), lançados em 2022, pelo Ministério da Educação (MEC).

As ações foram desenvolvidas de diferentes maneiras por cada unidade. Segundo a vice-diretora da EE Prefeito Gentil Pereira Lima, de Carandaí, pertencente à Superintendência Regional de Ensino de Barbacena, Varlene Rosângela Diniz, rodas de conversas e palestras foram levadas aos estudantes. “O Sargento Melo, parceiro da escola com o Proerd,  realizou palestra com o tema e foi bem didático. Ele apresentou formas de evitar o uso de drogas, detalhes sobre a lei que trata do assunto, como procurar ajuda, entender as consequências de nossas decisões e principalmente viver uma vida saudável”, contou a vice-diretora.

Na EE Sant´Ana, em Brasília de Minas, pertencente à Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros, os estudantes realizaram uma apresentação teatral, mostra de vídeos, concurso de desenhos e paródias, gincana, e também puderam assistir uma palestra com o delegado da Polícia Civil, Flávio Cavalcanti. “A palestra mostrou uma análise concreta da realidade. Isso é de grande relevância para a formação dos alunos proporcionando a eles mais informações para que percebam as consequências de uma má escolha”, pontuou o diretor, Nilmar Mendes. 

Orientações  
Conforme dados da Organização Pan-Americana de Saúde, nas últimas décadas houve uma queda considerável no consumo de tabaco no mundo, não obstante, o uso de  cigarros eletrônicos seguem sendo uma ameaça à saúde da população.  

A orientação encaminhada pela SEE/MG à rede, assinada pela Diretoria de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais e Transversalidade Curricular, visou apoiar as discussões, em sala de aula, acerca da prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas. Houve destaque quanto à prevenção ao tabagismo e do cigarro eletrônico, que tem sido a causa de graves problemas à saúde, relacionados ao público jovem, como a dependência química, lesões pulmonares e até óbito.

“Nesse sentido, contamos com os professores para abordar, por meio de debate, rodas de conversa, oficinas, entre outras atividades, de preferência com o uso das metodologias ativas, a temática de prevenção ao uso de drogas, com intuito de sensibilizar os estudantes quanto ao prejuízo à saúde causado pelo consumo dessas substâncias”, aponta o documento.