A Escola Técnica Estadual (ETE) Miguel Batista, situada no bairro da Macaxeira, deu início ao IV Sarau Literário, que neste ano tem como tema “A música como transformação da sociedade”. A abertura foi realizada pela manhã, com a banda Nova Tribo. À tarde os estudantes receberam Rhaíssa França, da banda Bateu a Química, e Palas Pinho, do grupo Amigas do Brega, para uma rodada de entrevista. E entre uma  pergunta e outra, música para animar a galera.

O tema deste ano partiu de uma sugestão dos próprios estudantes, ainda no ano passado. “Assim como a educação, a música transforma a sociedade. Ela é democrática, é para todos, e é em cima disso que estamos trabalhando no sarau”, comentou Cíntya Jimmini, professora de Língua Portuguesa e idealizadora do projeto que já está na quarta edição. 

“Pedagogicamente, o evento trabalha a integração, o trabalho em equipe e o respeito pelo próximo, pois eles enxergam as diferenças entre gêneros musicais e passam a respeitar a escolha de cada um. Além disso, os estudantes se sentem prestigiados. Eles deixam de ser somente consumidores de música enquanto arte. No sarau eles passam a representar a arte no momento em que se apresentam”, contou. 

Palas Pinho, do grupo Amigas do brega, acredita no poder que a música tem. “A arte tem esse poder de transformar as pessoas. A música educa, protege e livra as crianças da ociosidade, ensina os jovens a conviver em grupo e estimula a criatividade”, explicou Palas. Rhaíssa França, da banda Bateu a Química, corrobora: “A música foi criada para unir as pessoas. Mesmo que ainda exista preconceito com alguns estilos musicais, eu acredito nisso”, declarou.

Na edição anterior Jackson José, de 16 anos, participou do sarau como expectador e neste ano foi o mestre de cerimônias. Ele está no segundo ano do Ensino Médio do curso de Design de Interiores, e comandou as atividades nesta tarde. “Achei a experiência incrível! Meu curso não tem ligação direta com essa atividade, mas eu tenho interesse em cursar Jornalismo, então já é um teste”, brincou.