Para estimular a aprendizagem sobre educação patrimonial, história e sustentabilidade, a Escola Estadual de Tempo Integral Marechal Cordeiro de Farias, em Belém, levou estudantes do Ensino Médio para uma aula em campo no Centro Histórico de Belém. A iniciativa faz parte do projeto “Patrimoniar: Educação Patrimonial e Sustentabilidade Cultural Amazônica”, e integra a  disciplina eletiva 'Escola da Escolha', do currículo diversificado da Secretaria de Educação do Pará (Seduc).

"Além da educação patrimonial e a conscientização da sustentabilidade cultural necessária a todos os paraenses, o projeto visa estimular o protagonismo dos alunos da escola e prepará-los para serem mediadores culturais e assim atuarem na COP 30 como guias patrimoniais aos que vierem para o evento”, explicou o professor de história Kleber Leite, responsável pelo projeto.

A estudante da 3ª série do Ensino Médio, Tamires Pantoja, achou o projeto muito interessante e falou sobre a experiência de visitar o Centro Histórico de Belém. “Foi incrível. Conhecer o local ali e ter a aula do professor, enxergando tudo ao nosso redor, foi muito bom, porque além de nos ajudar a entender mais, a gente tem contato com o patrimônio, com a história. Conheci o Forte do Castelo e o que pude observar foi que o Forte é um local de extrema importância para Belém”, disse.  

De acordo com o professor Kleber Leite, o projeto terá, como produção final, uma exposição fotográfica. “Será uma exposição fotográfica dos principais pontos históricos patrimoniais da Belém Colonial, uma maquete sensorial, promovendo assim a inclusão e a criação de um aplicativo para iOS e Android, que apresentará os diversos pontos históricos de Belém, em português, inglês e espanhol. No dia 4 de junho teremos a segunda aula de campo e no segundo semestre iremos estudar a Belém da Belle Époque”, afirmou.

O projeto Patrimoniar também conta com a colaboração de acadêmicos do 5⁰ e 7⁰ semestres do curso de história da Universidade do Estado do Pará (UEPA), profissionais educadores do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) e professores da Escola Cordeiro.

Para João Nino, que cursa História pela UEPA e estagia na Escola Cordeiro de Farias, o projeto estimula o protagonismo dos estudantes e traz táticas além da sala de aula. "O Patrimoniar é algo de grande importância para pensar em formas e táticas além da sala de aula, porque é um projeto que trabalha com patrimônio e visa colocar o aluno como protagonista das atividades, indo para a pesquisa de campo, fazendo análises, práticas e trabalhando sua realidade. É importante o projeto justamente por trabalhar a realidade do aluno, com análises práticas, assim ele começa a se enxergar como protagonista e se enxerga no meio do processo histórico. Eu acompanhei a turma na visitação hoje e observei as conversas, alguns deles nunca tinham ido ao Forte, e graças ao projeto foi a primeira vez em que eles foram no Complexo Feliz da Lusitânia, por isso o projeto é de grande importância", ressaltou.

Texto de Igor Oliveira, com supervisão de Fernanda Cavalcante / Ascom Seduc