Escola Estadual Frederico Pedreira promove competições de experimentos físicos

Tocantins

03.03.2017

Núbia Daiana Mota / Governo do Tocantins

Quando se ouve falar em barquinho de isopor, ponte de canudinhos e guindaste de ímãs, o que vem à mente são brinquedos, certo? Não é bem assim! Na Escola Estadual Frederico Pedreira Neto, em Palmas, esses objetos são experimentos produzidos nas aulas de física e culminam numa competição anual com os melhores projetos desenvolvidos pelos estudantes da unidade de ensino.

Depois de aprenderem muito em sala de aula sobre os princípios da física, os alunos do ensino médio da escola foram desafiados pelo professor Michael Matos, a construírem protótipos para colocar em prática o aprendizado. Os estudantes da 1ª série do ensino médio participaram da competição de pontes construídas de canudinhos e fita adesiva. Já os alunos do 2ª série disputaram a velocidade dos baquinhos de isopor, que são movidos a vapor. As turmas da 3ª série, por sua vez, precisaram criar guindastes eletromagnéticos  feitos de papelão e ímãs, que sejam capazes de levantar muitos clipes de metal.

O idealizador explica que a intenção do projeto é fazer com que os alunos compreendam como ocorrem os mistérios e os fenômenos na natureza. “Este é o terceiro ano que promovemos a disputa visando incentivá-los a buscar novas formas de aprendizagem e ir além do que é ensinado durante as aulas. Isso permite que eles vejam acontecer na prática princípios da física como a dinâmica, o eletromagnetismo e termodinâmica”, elucidou.

A competição de experimentos físicos foi levada muito a sério pelos estudantes. Os projetos que foram para a disputa são fruto de semanas de pesquisa e passaram por vários testes até chegar ao resultado desejado. “Não é só pegar o material e ir construindo. Tem que saber como funciona. Estudar direitinho e pedir uma orientação do professor quando não está dando certo. Teve grupo que virou a noite, outros que demoraram muitos dias pra finalizar os projetos, mas no final o esforço vale à pena”, explicou o aluno da 1ª série do ensino médio, Abias Parente.

Mesmo se tratando de uma competição escolar, a disputa já revelava a aptidão de alguns para a carreira profissional na área da engenharia civil. João Pedro é um deles. O jovem de 17 anos e os colegas do 1ª série do ensino médio foram os “engenheiros” responsáveis pela ponte de canudinhos campeã desta edição. A obra feita com 800 canudos e um rolo de fita suportou um peso de 2,075 kg. “Deu bastante trabalho. Estudamos muito, testamos, refizemos até chegar nesse modelo. Estamos muito felizes com o resultado do nosso esforço”, relatou. Sobre a carreira de engenheiro ele diz estar decidido. “Acho que não tem como fugir. Gosto muito das aulas de matemática e física. Mas pra construir ponte de verdade ainda tenho muito estudo pela frente”, concluiu.

Se na vida real o transatlântico Titanic naufragou, na competição dos barquinhos de isopor da Escola Frederico, o Titanic (nome dado ao barco que venceu a competição) teve um final feliz cruzando a linha de chega em primeiro lugar, e sem afundar. O aluno João Victor Rodrigues, integrante da equipe campeã da competição explica como foi o processo. “Depois de ler o regulamento, nós pesquisamos bastante, passamos muito tempo discutindo e testando os barcos. Foi bem interessante ver que funcionava de verdade. Com certeza não vamos esquecer como a energia térmica se transforma em energia mecânica”, frisou.

Segundo a diretora da Escola Estadual Frederico Pedreira, Aurora Mazarello, a unidade escolar realiza diversos eventos desta natureza tornando o processo ensino-aprendizagem mais atrativo para os educandos. “Além de oferecer todo o conteúdo teórico, o diferencial da nossa escola é proporcionar para os alunos atividades que promovam o aprendizado de forma lúdica, através dos experimentos científicos, dos esportes, das competições sadias. São projetos interdisciplinares que mobilizam toda a escola e que têm rendido muitos bons frutos no rendimento dos alunos”, conclui.