Escola estadual de tempo integral do Pará leva estudantes para ‘piquenique literário’

Pará

28.05.2024

Estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Celso Rodrigues, no município de Santo Antônio do Tauá, na Região de Integração do Guamá, participaram de uma programação especial para reforçar a importância da leitura dentro e fora do ambiente escolar. Por meio do projeto “Piquenique Literário”, na quinta-feira (23), os estudantes puderam compartilhar experiências de leitura e conhecimento entre si e com escritores da região e da Academia Izabelense de Letras.

Esta é a segunda edição do projeto de leitura “Piquenique Literário”, coordenado pelas professoras de Língua Portuguesa, Danuzia Marjorye e Eliana Araújo, e envolveu toda a comunidade escolar. Mais uma vez, a iniciativa proporcionou aos estudantes, de todas as turmas da escola, a oportunidade de escolherem o seu livro na aula temática “Bagagem Literária” e embarcarem no mundo da leitura. “O universo literário no qual todos foram imersos teve como propósito não só a melhoria da leitura e da escrita entre os alunos, mas também a discussão de temas pertinentes para a vivência de cada um. O ‘desembarque’, isto é, a culminância do projeto, contou com a participação de escritoras e escritores da região, como por exemplo, Aldenise Borralhos, Aline Cruz, Joyce Amorim, Luís Augusto e Rogério Vaz, estes últimos estiveram representando a Academia Izabelense de Letras, ressaltando como que se dá o processo de escrita e reforçando o quanto a leitura transforma vidas, além de compartilharem algumas edições de suas obras publicadas, com direito a autógrafos”, contou o professor da escola, Fábio Jorge Ferreira.

Para a estudante da 2ª série do Ensino Médio, Alessandra Monteiro, participar do projeto foi uma experiência emocionante. “A minha experiência com a leitura do meu livro foi muito boa e emocionante, pois o meu livro falava da vida de um órfão, também falava da escravidão aqui no Brasil e essa leitura me tocou muito, pois a leitura é isso, toca a alma e esse projeto é muito importante não só para o nosso desenvolvimento como estudantes, mas como também para nosso desenvolvimento pessoal”, relatou.

Segundo a estudante Alessa Delgado, também da 2ª série do Ensino Médio, com certeza o projeto alcançou o objetivo de incentivar a leitura de qualidade. “É um projeto maravilhoso, todos os professores estão de parabéns. O Piquenique Literário não só nos incentiva a ler, como também nos incentiva a nos comunicar e saber se expressar melhor. A leitura é essencial para todos nós. Eu escolhi um livro que tem como tema a Travessia, e tem uma frase que eu achei bem interessante, que foi um conselho dos avós para o autor, que diz assim que ‘a vida é muito difícil, mas se nós enfrentarmos com sabedoria, tudo se torna fácil’”, frisou.

Ao ar livre, o projeto levou os estudantes para uma programação em contato com a natureza. “As turmas tiveram um momento de conexão com o ambiente, relaxamento e alongamento em parceria com a professora de educação física Elenice Amaral. Além das discussões em torno da leitura, contamos com a apresentação dos clubes de protagonismo: Clube de Música, sob orientação do professor de arte Kelso Palheta, e do Clube de Teatro com a declamação de poemas sob orientação da professora de biologia, Cássia Letícia. Foi um dia inesquecível para todos que se fizeram presentes e, sem dúvidas, o ato de ler é capaz de proporcionar isso e muito mais na vida de cada indivíduo”, concluiu o professor Fábio Jorge Ferreira.

Para o escritor convidado, professor Rogério Vaz, que é membro da Academia Izabelense de Letras, o projeto trabalha a leitura de forma dinâmica e é essencial para despertar o hábito de ler. “Primeiro, quero parabenizar a todos os professores, orientadores pedagógicos, apoio, escritores, poetas, alunos e amantes da literatura que estiveram presentes neste evento literário ao ar livre. Que essas trocas de experiências continuem a inspirar a todos nós a explorar o mundo encantado da literatura, a valorizar as palavras e a compartilhar o amor pela leitura, pela escrita e principalmente deixem as escolas mais vibrantes”, disse.

 

Texto: Fernanda Cavalcante / Ascom Seduc