Escola Estadual da região metropolitana de Cuiabá recebe palestra sobre cultura da conciliação

Mato Grosso

05.05.2022

Resolver os conflitos dialogando, esta sempre foi a proposta da diretora da Escola Estadual Miguel Baracat, Cibelly Pereira, para os alunos da unidade de ensino que fica no bairro Pirineu, em Várzea Grande. Este entendimento ganhou reforço com a palestra promovida pelo programa Nosso Judiciário, realizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em especial ao tratar da Justiça Restaurativa e as práticas da conciliação.

“O conselho vale tanto para os estudantes quanto para os professores. Todos estamos muito ansiosos, vindo de um período de isolamento e de perdas por causa da pandemia”, contextualiza a diretora. “Muitas vezes não sabemos lidar com os conflitos que os alunos trazem. Mas aqui é o espaço do diálogo. A escola é para educar, não para punir. A gente sempre incentivando, que entre professor e aluno e entre eles, mesmo é importante escutar, ser imparcial, escutar os dois ou mais envolvidos e que todos consigam encontrar um acordo positivo para todas as partes”, reflete Cibelly.

A diretora conta que a unidade de ensino oferece do 5º ao 9º Ano do Ensino Fundamental, atendendo 120 crianças e adolescentes de 10 a 15 anos nos períodos matutino e vespertino. Nos dois últimos anos as aulas foram remotas e somente agora as atividades presenciais estão ocorrendo. “A escola tentar deixar tanto os estudantes quanto os professores mais tranquilos. Queremos ofertar um ambiente seguro e para isso traçamos várias parcerias como a com o TJMT. Este é o quarto evento presencial com pessoas de fora, tudo para auxiliar a comunidade escolar a enfrentar o atual momento de uma forma positiva”, revela.

Além das práticas restaurativas, o servidor do TJMT, Neif Feguri, abordou temas como crimes cibernéticos, bulling, Direitos do consumidor, estrutura do Judiciário, juizados especiais e justiça gratuita. A atividade ocorreu dia 11 de abril. “Viemos até à escola com o objetivo de aproximar o Judiciário dos estudantes, pois acreditamos que vocês são o futuro da nossa cidade, do nosso Estado e do nosso país. Do meio de vocês sairão novos delegados, advogados, juízes, políticos e qualquer outra profissão que vocês quiserem se tornar”, afirmou durante a palestra.

Neife Feguri contou com o apoio do colega Antonio Cegatti e distribuiu cartilhas do programa para os estudantes e professores, que podem explorar o conteúdo em sala de aula.

A estudante Isadora Neves, 14 anos, do 9º Ano B disse que nunca havia ouvido falar de Justiça Restaurativa, mas adorou a novidade e que os ensinamentos poderão ajudá-la no futuro, pois pretende cursar Direito. “Tenho uma prima que é advogada. Ela me inspira muito e com a palestra de hoje vi que posso ser como ela”, afirmou.

A aluna Evelina Melo, 13 anos, do 8º Ano A, disse que ser juíza é um sonho e que saber quais os requisitos para prestar o concurso dá uma visão melhor do caminho que deve percorrer. Ela lembra que este foi o primeiro contato pessoalmente dela com alguém do Poder Judiciário e por isso gostou da atividade. “Eu gostei muito dessa palestra, foi bem diferente de tudo que a gente já recebeu nessa escola. Deu para aprender bastante sobre as leis, nossos direitos, o papel do juiz, do juiz leigo do conciliador, foi muito legal”, elogiou.

Texto de Rui Matos.