Escola Estadual 11 de Agosto amplia acesso à educação para crianças com deficiência auditiva

Sergipe

04.11.2020

A Escola Estadual 11 de Agosto, localizada no Centro de Aracaju, está ampliando o acesso aos conteúdos para os estudantes com deficiência auditiva. A unidade oferta a Educação Especial e atende a estudantes do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desde o dia 19 de outubro a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), oferece aulas via rádio para todos os estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino, por consequência, oferta as videoaulas em libras. 

As aulas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foram viabilizadas a partir da parceria com o Aula Digital, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo apoiada pelo Instituto Paramitas. Como fruto dessa parceria, nasceu o Programa “Estude Em Casa Pelas Ondas do Aula Digital”, que consiste na transmissão de podcasts educativos pela Rádio Aperipê para os estudantes de todo o território sergipano, incluindo também a distribuição de cadernos de aprendizagem.

O projeto tem perspectiva de promoção da equidade, uma vez que oferece mais oportunidades de ensino para todas as crianças, atendendo, inclusive, àquelas que têm dificuldade de acesso à internet. Na unidade escolar 11 de Agosto as aulas de rádio estão sendo transformadas em videoaulas em libras, gravadas pelas intérpretes Isabel Dórea, Micaela Costa e Daniela Araújo (bilíngue) para atender aos estudantes surdos que estudam do 1º ao 5º ano.

“À medida que a aula do rádio é disponibilizada para todos os estudantes, também disponibilizamos o vídeo em libras para que os alunos surdos possam ter acesso ao material”, explica Aloisio Oliveira Júnior, coordenador pedagógico. Além das aulas transmitidas pelo Programa Estude Em Casa Pelas Ondas do Aula Digital, cadernos de aprendizagem são interpretados para o mesmo público.

Segundo a professora e intérprete de Libras Isabel Dórea, não é só a interpretação que se faz necessária. “É a explicação do conteúdo e depois uma explicação sobre as atividades que eles precisam responder”, pontuou. A participação também é recorrente por meio do WhatsApp, conta a professora. “Eles estão acompanhando bem, enviam mensagens pelo WhatsApp perguntando se está certo ou errado”, disse.

“A escola tem 350 alunos matriculados, 178 quais têm múltiplas deficiências, ou seja, física, motora, sensorial, intelectual. Dentre essas deficiências estão os alunos surdos, e é esse o trabalho desenvolvido de maneira remota. A gente utiliza a comunicação multimodal para permitir o acesso desses alunos ao conteúdo”, enfatiza o diretor da unidade escolar, Cledson Inácio.

Acessibilidade

Para garantir mais acessibilidade aos alunos com deficiência, as condições estruturais da escola estão sendo melhoradas para quando as aulas do Ensino Fundamental retornarem à modalidade presencial. As obras de reforma para a instalação de uma rampa e a implantação de gradeamento no primeiro andar estão em andamento, bem como a manutenção da rede hidráulica e elétrica.