A Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Beberibe recebeu, nesta quarta-feira (12), a palestra “Arte e sustentabilidade: do descarte à expressão”. O evento foi comandado pelos alunos do curso de Artes Visuais do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Rebeca Maia de Arruda e Paulo Henrique Tavares, com a coordenação do professor de geografia da EREM Allyson Gonçalves.  O encontro teve como foco o impacto do desperdício de resíduos sólidos e o papel da arte na conscientização ambiental, abordando questões como o reaproveitamento e a reciclagem de materiais. 

A palestra foi idealizada durante as aulas da disciplina de Mediação Cultural ministrada pela professora Juliana de Sá. A iniciativa busca proporcionar uma reflexão sobre como as artes visuais podem contribuir para a conscientização ambiental, usando a criatividade como ferramenta para promover mudanças de atitude diante do desperdício. 

Após o debate, os palestrantes realizaram uma oficina de arte. O intuito foi mostrar como os materiais reutilizáveis podem ser reaproveitados para criar novas obras e, ao mesmo tempo, gerar uma conscientização coletiva sobre o impacto que o consumo desmedido tem no meio ambiente. Os alunos puderam participar do processo de criação dos objetos que seriam descartados.

O professor da EREM Beberibe, Allyson Gonçalves, organizador da oficina, fala sobre a importância do evento. “Pretendemos que os nossos alunos tenham uma preocupação maior com a sustentabilidade, além de ressignificar alguns materiais que muitos deles descartam. O tema da palestra faz parte do que o nosso currículo propõe para ser trabalhado com os estudantes neste ano”, pontuou. 

Em 2025, a temática escolhida pelo Governo de Pernambuco para o ano letivo é “Vidas, Escolas e Comunidade: educar para a promoção da justiça socioambiental”, evidenciando a necessidade de estar atento às questões ambientais e sociais para propor soluções para uma sociedade mais equitativa.

A aluna do terceiro ano da EREM Beberibe, Ana Gabriele, ressaltou a importância da palestra para os estudantes. “Estamos falando sobre o nosso futuro, bem-estar e forma de vida. Quando eles explicaram como objetos que normalmente seriam descartados de maneira indevida viram arte, mudou tudo, agora eu vou ter outros olhos sobre como descartar o lixo e observar a arte feita a partir dele”.

A aluna, também do terceiro ano, Sofia Leona, reconheceu a importância da oficina para a construção de um futuro melhor. “Eu achei que esse evento trouxe uma contribuição muito boa para a gente saber que arte não é só aquilo que a gente vê fora da nossa vida cotidiana.  Podemos fazer algo novo, vindo da nossa imaginação, com coisas tão simples. Isso vai fazer com que a gente tenha um mundo, uma cidade, um país melhor. Eu me diverti muito”.