Distrito Federal
29.04.2020Professores e estudantes avaliam bem a plataforma e já fazem planos para manter o uso após a volta das aulas presenciais
Nesta quarta-feira, 29/4, o Google Sala de Aula completa a primeira semana do que promete ser um casamento duradouro na rede pública. A plataforma, embora não substitua as aulas presenciais, abriu novas possibilidades a professores e estudantes. Por isso mesmo, eles já planejam um futuro de convivência e harmonia entre as aulas presenciais e as alternativas oferecidas pelos recursos da plataforma. A iniciativa, que faz parte do programa Escola em Casa DF junto com a oferta de teleaulas, dá continuidade ao processo de aprendizagem durante a suspensão das aulas por força da pandemia da covid 19.
O professor de Física Rendisley Aristóteles dos Santos Paiva, do Centro de Ensino Médio 03 do Gama, tem certeza de que a plataforma continuará sendo usada após a pandemia, porque tem sido um grande recurso para a construção de diversas aprendizagens. A plataforma foi liberada primeiramente para o Ensino Médio para permitir que os estudantes tenham continuidade nos conteúdos e possam se preparar para exames como vestibulares, ENEM e PAS. Em breve, será disponibilizada também para os anos finais do Ensino Fundamental.
Por meio da plataforma, os professores têm postado materiais, atividades e videoaulas para manter o aprendizado, além de interagir com os estudantes, podendo esclarecer dúvidas e monitorar o desenvolvimento de cada um.
“Nós podemos desafiar nossos alunos, postando várias atividades em PDF ou até mesmo no Google Formulário, como provas, trabalhos, sendo que a correção pode ser feita na hora e, assim, os alunos têm um feedback imediato”, comentou Paiva, acrescentando: “Podemos ainda postar links do YouTube com dicas de conteúdos que são ensinados em sala de aula, gravar as nossas próprias aulas e passar para os alunos”.
“Neste momento, o principal objetivo é não perder o contato com os alunos, mas na volta às aulas presenciais vamos utilizar esses recursos para plantão de dúvidas, montar lives on-line com vários professores falando sobre um determinado tema interdisciplinar, possibilitando uma interação total com os alunos e também vamos montar cursos para preparação de olimpíadas de física, matemática, astronomia, entre outros”, antecipou.
O professor de Geografia Ricardo Augusto Sousa de Andrade já utiliza a plataforma desde 2008 para complementar o ensino presencial. Ele achou bem-vindo o uso amplo da plataforma neste momento de quarentena. Andrade dá aula para o 3º ano do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho e é supervisor da EJA da Escola Classe 02 do Itapoã. “A manipulação da ferramenta é muito simples e prática. Antes da pandemia, já utilizava para complementar o processo de ensino e aprendizagem presencial. Agora, com o ensino a distância, como eu e os alunos já estamos ambientados, ficou mais fácil nos adaptarmos à nova realidade”, ressaltou.
Mesmo já sabendo usar os recursos, Andrade optou por fazer o treinamento da Secretaria de Educação. Ele achou enriquecedor. O professor salientou que é importante a continuidade no processo de ensino e aprendizagem, mesmo que de forma virtual. O Enem e o PAS podem ser até adiados, mas certamente acontecerão e todos devem fazer o melhor possível para estarem preparados”, comentou.
A professora de Língua Portuguesa Erika Poliana Flávia Pereira, que ministra aulas para o 1º e 2º ano do Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião, afirmou que começou a utilizar o Google Sala de Aula no início deste ano. Mesmo assim, fez o curso e aprofundou o conhecimento sobre os recursos disponíveis na plataforma. “Eu conheci o quanto essa ferramenta é completa e útil para o aprendizado dos alunos. Não sabia que havia tantos recursos assim no Google for Education. As funções são bastante intuitivas, o que facilita o uso”, comentou.
Com nove salas de aula online, Erika diz que os alunos estão fazendo as atividades, inclusive redações, mas que espera uma maior adesão. Ela deixa um recado aos estudantes. “Os que participam estão gostando da nova metodologia. O meu recado é para que os alunos que têm acesso à internet façam o e-mail institucional o quanto antes para entrarem nas turmas e participarem ativamente das salas de aulas. Nesse momento, eles têm tempo de sobra e devem aproveitar para aprender de uma forma diferente da tradicional”, avaliou.
Os mais interessados na aprendizagem também estão aprovando o uso do Google Sala de Aula como complemento dos estudos durante o isolamento. A estudante Yngred Vitória Ganda da Silva, 17 anos, está no 3º ano do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho. Ela afirma que é fácil usar a ferramenta e que está conseguindo aprender. “Está sendo uma ótima ferramenta. Mesmo de longe, nós conseguimos compreender, tiramos nossas dúvidas, os professores têm nos acompanhado, e não têm deixado a matéria atrasar. Dá pra enviar tudo por lá, como textos, videoaulas, tirando a facilidade que é para usar a plataforma”, disse. “Para nós, do 3º ano, isso é muito importante, querer estudar mesmo que por um site, pois temos o PAS e o Enem para fazer, então o Google Sala de Aula está sendo ideal”, concluiu.
O estudante Vinicius Henrique da Silva Almeida, 17 anos, do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho, 17 anos, Centro de Ensino médio 01 de Sobradinho também aprova o uso do Google Sala de Aula. “Me cadastrei na plataforma assim que disponibilizaram. Eu já usava antes, mas agora ficou com o layout um pouco diferente para os alunos e eu gostei disso. Eu consigo tirar dúvidas e fazer perguntas para os professores pela plataforma. Percebi que o estudo está bem voltado para quem vai fazer o vestibular e o Enem”, disse.
A estudante do CEMI do Gama Bruna Rodrigues Alves Peres, 18 anos, está no 3º ano do ensino médio e utiliza o Google Sala de Aula com frequência. Ela afirma que é simples e fácil de usar. “Ajuda muito os professores e alunos durante essa quarentena devido ao coronavírus. Eu gosto porque possibilita que os professores enviem vídeos explicando a sua matéria e ainda permite criar turmas, então não fica bagunçado. Além disso, podemos ver as notas das nossas atividades, o que é bom porque conseguimos ver o nosso andamento naquela matéria”, disse. “Eu uso bastante porque deixa meus estudos organizados. Como não podemos sair de casa, é um dos meios que me ajudam a manter meus estudos em dia”, ressaltou. Bruna lembra que a ferramenta é gratuita, podendo ser usada tanto por escolas públicas quanto privadas.
O aluno Diogo Carvalho Freire, 16 anos, também do 3º ano do CEMI, concorda com a colega e fala sobre a interatividade que a plataforma proporciona. “Acho muito fácil de usar, tanto para os alunos quanto para os professores. É uma possibilidade de os alunos terem aula por meio dela nessa quarentena, já que ela permite uma interação entre aluno e professor por meio de mensagens que podemos enviar a eles”, comentou.
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Rayane Fernandes, Ascom/SEEDF