Embaixador da África do Sul conhece experiências da educação no DF

Distrito Federal

08.10.2019

O objetivo é a troca de experiências para melhoria na qualidade da educação

O embaixador da África do Sul no Brasil, Joseph Mashimbye, e uma delegação do país participaram de reunião com representantes da Secretaria de Educação do DF na manhã desta segunda-feira (7/10), na sede da SEEDF, para trocar experiências sobre ensino entre os países.

O grupo, das províncias de Free State e Northem Cape, buscou informações sobre o ensino desenvolvido no Brasil, especialmente por meio da experiência da rede pública no DF. “Nós decidimos ficar no Brasil porque há temas e desafios similares no ensino. Nosso povo, e até a demografia, são parecidos. Somos extremamente ligados pela história, somos amigos! Estamos aqui mais para ouvir do que para falar. Queremos aprender”, destacou o embaixador.

A África do Sul tem estrutura semelhante a do Brasil. Aqui, o país é dividido em estados com governadores que têm secretários de educação nesses locais. Na África, a ideia é similar, só que dividida em nove províncias com seus respectivos representantes para a educação.

“Enfrentamos problemas parecidos, como alguns pontos sobre evasão escolar. Destacamos os programas que a Secretaria está desenvolvendo com atividades contínuas para correção de fluxo e ações inovadoras nas escolas”, afirmou Hélber Vieira, subsecretário de Educação Básica da SEEDF. Os representantes da Secretaria frisaram a importância de colocar os estudantes como protagonistas da realidade na escola e por isso as ações desenvolvidas sempre levam em conta os seus anseios.

Educação inclusiva

Um dos aspectos que mais chamaram a atenção da delegação africana foi o trabalho desenvolvido com a educação inclusiva na rede pública do DF. Vera Barros, subsecretária de Educação Integral e Inclusiva da SEEDF, explicou que os estudantes com deficiência e altas habilidades são inseridos nas classes escolares com os demais na perspectiva de integração social contínua. Em concomitância a isso, também são desenvolvidos programas para aqueles que necessitam de atendimentos especializados.

“Todo o trabalho da educação especial é desenvolvido integrando família, escola e estudantes no processo. Além dos aspectos educacionais e formadores, trabalhamos a perspectiva de que os estudantes com deficiência e de altas habilidades podem desenvolver as atividades que desejarem e escolherem as profissões que têm vontade. Mostramos que todos são capazes e buscamos disponibilizar uma equidade de oportunidades. Incentivamos o ingresso na universidade com o projeto Enem Inclusivo e ações voltadas à capacitação para o mercado de trabalho”, frisou Mirian Barros. A rede pública tem atualmente 18 mil estudantes deficientes e com altas habilidades.

A delegação também prestigiou a exposição de desenhos e quadros pintados por estudantes desse segmento, que está no 5º andar da sede I da SEEDF.

No período da tarde, o grupo seguiu para uma visita ao Centro de Ensino Médio a Asa Norte (Cean) para conhecer o programa Educação Conectada, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) em parcerias com as secretarias e outras ações realizadas na escola.

Thais Rohrer, Ascom/SEEDF