Em Belém, Educação participa do Seminário do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada

Pará

15.03.2024

Para qualificar profissionais e garantir que a alfabetização na idade certa ocorra de forma qualificada no país, o Ministério da Educação (MEC) promoveu o 3º Seminário do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada para a formação da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), em Belém. O seminário começou na quarta-feira (13) e segue até manhã, sexta-feira (15).

O evento inédito na capital paraense faz parte do Ciclo Formativo da Renalfa e tem como objetivo a troca de ideias, além da formulação e do alinhamento de estratégias para impulsionar o alcance das metas propostas pelo 'Compromisso', que vão moldar o presente e o futuro da alfabetização no Brasil. 

Organizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, o 3º Seminário do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada dá aos participantes a oportunidade de receber orientações, compartilhar experiências e participar de oficinas. Neste primeiro dia de evento, os participantes tiveram a palestra “Gestão e Governança da Política de Alfabetização do Território: papel do articulador”, ministrada de forma online pela secretária de Educação Básica do MEC, professora Kátia Schweickard.

Segundo a secretária adjunta de Gestão e Regime de Colaboração (Searc) da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), professora Nilse Pinheiro, a realização do evento no Pará mostra o ótimo trabalho que tem sido realizado na educação paraense.

"Eu fico muito honrada de estar aqui representando o nosso secretário Rossieli Soares e o nosso governador Helder Barbalho, fazendo essa acolhida nesse momento, que significa que a educação voltou em nível nacional e voltou também no estado do Pará. Este 3º Seminário de formação é um ciclo que está acontecendo em nível de Brasil e o Pará foi, nesse momento, escolhido. Esse é um evento que prepara os nossos educadores para a alfabetização na idade certa. Nós temos o programa Alfabetiza Pará, lançado no ano passado e hoje a gente está avançando em todo o estado, com os municípios em regime de colaboração”, destacou.

De acordo com o professor Lourival José Martins Filho, diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação da Secretaria de Educação Básica do MEC, é importante qualificar os educadores para que o objetivo de alfabetizar crianças na idade certa seja alcançado.

“A importância do evento é muito grande porque aqui vamos mobilizar os articuladores da rede nacional da alfabetização de todo o Brasil para que eles possam, sendo mobilizadores, articuladores, mobilizar os articuladores regionais, articuladores municipais e no evento de formação nacional, fazer aquilo que a gente espera, alfabetização como direito de toda criança desse país de ler e escrever o mundo com qualidade”, explicou o diretor Lourival Filho.

Para a professora Cláudia Seabra, representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e presidente da Undime Região Norte e Undime Pará, o seminário é fundamental. “O evento é fundamental para o estado do Pará justamente pela presença dos articuladores, das pessoas que realmente estão ali na vida diária, na educação, no chão da escola articulando. E hoje, como presidente da Undime Pará e da região norte, é muito emocionante ter esse seminário aqui. Agradeço a participação da Seduc, a parceria do regime de colaboração entre estado e município, porque é por isso que nós temos avançado bastante no Renalfa e no Alfabetiza Pará".

De acordo com Carla Reis, diretora de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Seduc e coordenadora do programa Alfabetiza Pará, o Seminário do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada incentiva e fortalece o Alfabetiza Pará. “O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, instituído pelo MEC, traz um incentivo na parte da gestão do programa estadual e fortalece articuladores regionais. Em cada regional nós temos três articuladores, um de gestão, que vai olhar para essa gestão do Programa Estadual; o articulador de formação, que vai pensar nessas formações como é que chega até o aluno nesse processo formativo que o professor passa; e o articulador da Undime, que é um principal parceiro dessa grande rede nacional de alfabetização”, frisou.

Fabiana Sena, articuladora estadual da Renalfa, reforça que o diálogo levantado durante o seminário é fundamental para planejar as as ações voltadas para o programa Alfabetiza Pará em 2024. “Este seminário, que está acontecendo no momento, é importante para que também possamos planejar para 2024 todas as ações voltadas para o programa Alfabetiza Pará, que é a nossa política de alfabetização do território, diante dos eixos do compromisso que envolve alfabetização, gestão, materiais, formação e boas práticas. É um momento que, em âmbito nacional, a gente ganha informações, ganha orientações para que a gente possa estar reproduzindo, replicando e fortalecendo dentro do nosso estado as premissas do nosso programa Alfabetiza Pará”, finalizou.

Criança Alfabetizada – O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo governo federal em 12 de junho deste ano, tem como objetivo, por meio da colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do País. A meta é assegurar que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental. Adicionalmente, a política busca a recomposição das aprendizagens, com enfoque na alfabetização de 100% das crianças matriculadas no 3º, 4º e 5º ano, afetadas pela pandemia. 

Alfabetiza Pará - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lançou, em janeiro de 2023, o Programa “Alfabetiza Pará”, que, em regime de colaboração, auxilia os 144 municípios do Pará no desenvolvimento dos estudantes dos anos iniciais durante o período de alfabetização. Como parte das ações, o programa já realizou avaliação de fluência leitora e escrita nos municípios que já aderiram à iniciativa e distribui continuamente material didático para as redes municipais que já aderiram ao programa no Estado.

 

Texto de Fernanda Cavalcante / Ascom Seduc